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Nildo de todos os times

Ramon Andrade
Ramon Andrade
Publicado em 26/04/2011 às 9:52

Por Marcos Leandro

Do Jornal do Commercio

Não são muitos os jogadores que conseguem vestir as camisas de três times rivais de uma mesma cidade. No caso de Josenildo Caetano da Silva, ou simplesmente Nildo, ele não somente defendeu Sport, Náutico e Santa Cruz, como foi revelado pelo Porto. Com passagem pelos quatro semifinalistas do Pernambucano Coca-Cola, Nildo virou uma espécie de torcedor privilegiado.

O próprio ex-jogador reconheceu que tem motivos para torcer por cada um dos quatro clubes. Foram seis anos de Sport  - de 1998 a 2004, sendo campeão estadual em 1999/2000 e 2003 e da Copa do Nordeste de 2000. No Náutico, participou do time que conquistou em 2006 o acesso para a Série A do Brasileiro. No Santa, em 2007, foi um dos poucos que se salvaram na péssima campanha do Estadual. E o Gavião tem um lugar especial no coração do ex-atleta, pois foi quem lhe abriu as portas para o futebol, em 1995.

"Torço muito para o Porto, porque é um clube que dá espaço para jogadores jovens de valor. Foi assim comigo, Araújo, Josué, e está sendo agora com Paulista. Porém, acho que já foi além do seu limite e não vai conseguir reverter a vantagem do Santa Cruz (venceu por 2x1), no Arruda lotado. Em relação aos três da capital, tenho amigos em todos eles e fico torcendo por um bom futebol", disse o caruaruense Nildo, que vai completar 35 anos  - encerrou a carreira em 2008, no Treze.

Já em relação ao Clássico dos Clássicos, o ex-jogador, que compareceu à Ilha e viu o Sport ganhar por 3x1, crê que a disputa está aberta. "Todas as vezes que fui questionado, elogiei bastante o Náutico. Mas quero ver a postura do time agora, nesse momento decisivo. Torci para o Náutico marcar mais um gol, para deixar o jogo de volta ainda mais emocionante. O Sport tem uma boa vantagem e vai poder explorar os contra-ataques, mas tudo pode mudar se levar um gol no começo", enfatizou.

Sobre a pressão extracampo, Nildo admitiu que é impossível isso não chegar aos atletas, mas alertou que é preciso evitar os exageros. "A ansiedade dos dirigentes é natural, mas não se pode extrapolar. Quando estava no Náutico, na semana do clássico contra o Sport, pela Série B, houve reunião todo dia. Até no recreativo do sábado. Não aguentei, pedi a palavra e disse que não havia motivo para ter medo de jogar contra o Sport na Ilha. Também vivi no Sport uma situação parecida, de exagero de reuniões antes de um clássico", destacou Nildo, que também jogou pelo Fluminense, São Paulo e Figueirense. Hoje, ele administra a carreira do irmão Ciel (está jogando em Dubai, Emirados Árabes) e campos de futebol society em Candeias.

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