Da Agência Estado
A primeira partida entre Venezuela e Argentina aconteceu em 1967 pelo Campeonato Sul-Americano - a atual Copa América -, com goleada dos argentinos por 5 a 1. Desde então, foram disputados outros 17 confrontos, sempre com derrota venezuelana. Mas esta escrita acabou na última terça-feira, quando, com gol do zagueiro Amorebieta, a seleção do técnico César Farías ganhou por 1 a 0, em casa, pela segunda rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2014.
Por isso, a comemoração dos jogadores ao término da partida era de como se tivessem conquistado um título. "Nós fizemos história. Trouxemos nossa alma para o campo. Nós somos uma família, demos apoio ao técnico e a cada um de nós. O objetivo é chegar à Copa do Mundo. Defendemos uma grande equipe, mas há um longo, longo caminho a percorrer", apontou o meia César González que atua justamente no país rival, no River Plate.
A vitória contra a Argentina só comprova a evolução do futebol venezuelano, que é a única seleção que disputa as Eliminatórias Sul-Americanas que nunca chegou a um Mundial. Na Copa América deste ano, por exemplo, a equipe conquistou a quarta colocação, após eliminar o Chile nas quartas de final. "Esta não foi uma partida de sorte, não foi um acontecimento fortuito. Esta foi uma vitória merecida", afirmou Farías um dos responsáveis por essa evolução, já que trabalha com a seleção desde 2007.
Pelo lado argentino, restou a lamentação. O técnico Alejandro Sabella afirmou que seu time precisava ter decidido o jogo no primeiro tempo, quando, a seu ver, foi superior ao adversário. "Na primeira meia hora a Argentina foi melhor. Tivemos chances nos primeiros 20 minutos. Depois disso, a Venezuela foi melhorando, principalmente nos últimos 10 minutos do primeiro tempo. No segundo tempo eles foram melhores do que nós", avaliou.
As duas seleções voltam a campo pelas Eliminatórias no mês que vem. No dia 11 de novembro, a Venezuela enfrenta a Colômbia, fora de casa, enquanto a Argentina recebe a Bolívia. "Precisamos analisar o que devemos melhorar. As Eliminatórias são um torneio longo e precisamos evoluir em alguns aspectos", declarou Sabella.