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Bizu e Kuki - O reencontro dos dois últimos grandes ídolos alvirrubros

Ramon Andrade
Ramon Andrade
Publicado em 06/03/2012 às 21:24

 

Campeões e artilheiros pelo Náutico, Bizu e Kuki tabelaram nos

Aflitos nesta terça-feira (Fotos: Bobby Fabisaki/JC Imagem)

A torcida do Náutico já gritou 293 gols deles, ilustres artilheiros da história timbu, ex-atacantes que marcaram épocas vitoriosas do clube. Bizu e Kuki tiveram um encontro para ficar na memória alvirrubra, nesta terça-feira, nos Aflitos. Os dois não se conheciam pessoalmente, só ouviam falar através das conversas com admiradores do futebol de cada um. O fato é que são os dois últimos grandes ídolos da equipe de Conselheiro Rosa e Silva.


Lembranças do passado de títulos e artilharias alcançadas marcaram a ocasião. Bizu foi o ponta de lança da conquista do Campeonato Pernambucano de 1989. Foi o artilheiro dessa competição, assim como do Estadual em 1990 e da Copa do Brasil em 1990 — na melhor campanha alvirrubra nesse torneio nacional, com chegada à semifinal. Foi também vice-artilheiro do Campeonato Brasileiro em 1989, um gol atrás de Túlio Maravilha, do Goiás. Kuki foi campeão pernambucano três vezes pelo Timbu (2001, 2002 e 2004) e goleador máximo do Estadual em 2001, 2003 e 2005, bem como do Campeonato do Nordeste em 2001. Bizu marcou 114 gols em 189 jogos (0,6 por partida) e é o quinto maior artilheiro da história do Náutico. Kuki fez 179 gols em 389 jogos (0,46 por partida) e é o quarto maior goleador da memória do clube. Dados do pesquisador Carlos Celso Cordeiro.

Na conversa entre Bizu e Kuki, eles admitiram ser possível uma dupla entre si. "Eu jogando mais pelo lado e o Bizu mais de referência", lançou Kuki, que atuou no Timbu entre 2001 e 2009, com pequenos intervalos em outros clubes, o Chombuck Hyundai, da Coreia do Sul, e o Santa Cruz. "Com certeza. O Kuki era um jogador versátil, de velocidade e matador. E eu mais de área. Poderia fazer o papel de pivô também. Acho que seria uma dupla ideal", arrematou Bizu, que vestiu a camisa vermelha e branca nas temporadas de 1989, 1990, 1992, 1994 e 1995. Jogou também por Palmeiras, Grêmio e uma temporada no Sport. Nenhum dos dois foi destaque na passagem por equipes rivais.

Em visita ao Recife após 10 anos de sua última vinda, Bizu declarou que segue como torcedor do Náutico e que tem em Kuki um ídolo. Batizado Claudio Tavares Gonçalves, Bizu veio até a capital pernambucana a pedido do seu filho, Lucas, de 17, seguindo os passos do pai, quer ser jogador profissional. Atacante, também. Foi trazido por Bizu para testes na equipe juvenil alvirrubra. Eles estão hospedados na casa do amigo particular Levi Gomes, ex-lateral alvirrubro e hoje auxiliar-técnico de Waldemar Lemos, mesma função ocupada hoje por Kuki.

Hoje habitante de São Leopoldo-RS, onde trabalha na coordenação do Programa de Saúde da Família, do Governo Federal, Bizu chegou sábado ao Recife e correu para os Aflitos para rever o Náutico jogar. Presenciou a vitória de 3 a 0 sobre o Araripina e já garantiu presença no jogo contra o Porto, nesta quarta-feira, também como torcedor. Aos 51 anos, revelou até que pensa em voltar a morar no Recife, agora que seus três filhos já estão grandes. Além de Lucas, tem a Cláudia, de 24 anos, e a Jéssica, de 22. "Estou matando a saudade aos poucos. Cheguei e fui ver o jogo. Estou encontrando os amigos e feliz com isso. Gostaria de me mudar de vez para cá", disse Bizu. Dez anos mais novo, Kuki continuou morando no Recife após encerrar a carreira.

Eles elegeram partidas marcantes no clube. O gol do título de 1989, na vitória de 2 a 1 sobre o Santa Cruz, foi o apontado por Bizu. Os três gols sobre o Sport, num clássico vencido por 4 a 2 em 2005, foram a lembrança de Kuki.

Veja abaixo o vídeo do encontro, feito pelo Blog do Torcedor, uma entrevista de seis minutos com essas feras:

 

 

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