Equipes fizeram uma partida disputada no Arruda. Fotos: Rodrigo Lôbo/JC Imagem
Ninguém pode reclamar que faltou pegada no Clássico das Emoções deste domingo, no Arruda. Tanto Santa Cruz como Náutico apostaram na marcação forte e brigaram cada espaço dentro de campo. Devido a isso, as oportunidades foram poucas no confronto. Os goleiros mal trabalharam na partida. Melhor para o Santa Cruz, que soube aproveitar a única chance mais aberta que teve. Os corais venceram por 1x0 o primeiro jogo da semifinal do Pernambucano Coca-Cola. O pequeno Renatinho foi o responsável por balançar as redes, aos seis minutos do segundo tempo.
Com o placar, o Tricolor tem a vantagem do empate na partida de volta, nos Aflitos, no próximo fim de semana. Se fizer gols na casa do adversário, obrigará o Náutico a fazer dois de diferença para que se classifique.
O JOGO - Armado com três atacantes, o Náutico veio com a proposta de marcar o Santa Cruz na saída de jogo. A estratégia deu certo. Pressionados, os defensores corais foram obrigados a dar o famoso chutão para a parte ofensiva facilitando a vida dos zagueiros do Timbu para o desarme. Para piorar a situação da criação, o meia Natan saiu machucado com menos de dez minutos.
No entanto, a saída de bola dos alvirrubros também foi prejudicada. O meio de campo do Santa Cruz adiantou a marcação e forçou o chutão pelo lado do Náutico. Em muitos momentos a partida ficou baseada na ligação direta. A criação não passou pelo meio.
Devido ao congestionamento no meio, as equipes ainda tentaram buscar as laterais. No Náutico, o destaque foi a dupla Maranhão e Jones Carioca pela direita, enquanto Nininho foi quem mais tentou pelo lado do Tricolor, também pela direita. A marcação e os erros, porém, prejudicaram o surgimento de melhores lances. Jogadas individuais e contra-ataques também esbarraram na marcação e nos erros dos times.
Com o jogo disputado e bastante pegado, ficou fácil ter muitas faltas, sendo algumas mais duras. O árbitro Gleydson Leite, porém, economizou nos cartões amarelos. Possivelmente ele se sentiu pressionado pelo regulamento do campeonato, que prevê o cartão amarelo como critério de desempate. As torcidas e os jogadores dos dois clubes reclamaram bastante da atuação de Gleydson.
SEGUNDO TEMPO - Se o gol ficou longe de sair no primeiro tempo, não demorou muito para aparecer na segunda etapa. E como esperado em um jogo pegado como esse, saiu de uma jogada individual. Aos seis minutos, Renatinho aproveitou sobra de bola na grande área e mandou para o fundo das redes para a alegria coral nas arquibancadas.
Enganou-se, porém, quem acreditou que o gol do Santa Cruz deixaria a partida mais aberta. As duas equipes continuaram marcando forte, e com competência. O panorama foi ruim para o Náutico que estava atrás no placar. O Timbu ofereceu poucos riscos ao goleiro Tiago Cardoso, apesar das insistência e da vontade. Faltou criatividade para ligar a bola para os atacantes.
Ao Santa coube a escolha pelo contra-ataque. A equipe do técnico Marcelo Martelotte deu a posse de bola para o adversário, é verdade, mas soube se defender e segurar o placar no Arruda. O técnico Silas ainda tentou dar mais criatividade para a equipe com Vinícius Pacheco e Giovani. O final ganhou emoção com a pressão alvirrubra, mas nada que alterasse o marcador. Festa tricolor e vantagem para a próxima partida.
FICHA DA PARTIDA - SANTA CRUZ 1X0 NÁUTICO
Santa Cruz - Tiago Cardoso; Nininho, Renan, William Alves e Everton Sena; Anderson Pedra, Luciano Sorriso, Raul (Sandro Manoel), Natan (Renatinho) e Jefferson Maranhão (Flávio Caça-Rato); Dênis Marques. Técnico: Marcelo Martelotte.
Náutico: Felipe; Maranhão, Alison, Luis Eduardo e Douglas Santos; Josa (Giovanni), Martinez (Dadá) e Rodrigo Souto; Jones Carioca, Elton e Rogério (Vinícius Pacheco). Técnico: Silas
Pernambucano Coca-Cola. Local: Arruda. Árbitro: Gleydson Leite Auxiliares: Ricardo Chianca e Jean Marcel. Gol: Renatinho (SC) aos seis minutos do segundo tempo. Amarelos: Douglas Santos (N) e Jefferson Maranhão (SC). Público: 28.285 Renda: R$ 514.050.