Brasil está longe de ser uma seleção digna do título mundial. Foto: AFP
Pior do que a luz apagada é acostumar-se com a escuridão. A frase que abre este texto cai bem para a Seleção Brasileira neste fim melancólico de Copa do Mundo. Porque pior do que as derrotas vergonhosas para Alemanha e Holanda será ver o Brasil se acostumar a perder. E acredite, torcedor, esse risco existe, principalmente se não tivermos mudanças, dentro e fora do gramado do futebol nacional.
Que as derrotas não sejam esquecidas depois de um mês. Que fiquem marcadas na nossa memória e de quem gere o nosso futebol. Precisamos reagir a essa queda. É acender a luz, nem que seja mínima, para sair da escuridão. Caso contrário vamos continuar a ver mais derrotas frustrantes não só em Copas do Mundo, mas em outras competições.
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Mudar não vai ser fácil, é verdade. Pode ser até doloroso para todos, incluindo o torcedor. Mas a mudança é necessária para que não tenhamos uma dor maior no ciclo da Rússia, em 2018. É importante lembrar que no ano que vem já temos Copa América, que não será fácil de ser vencida.
As alterações são diversas. Primeiro devemos parar de achar que somos o país do futebol e que basta colocar 'onze vassouras' que resolve. É preciso humildade e reconhecer que estamos atrás dos adversários. Somente com esse pequeno passo poderemos caminhar para mais longe, e quem sabe voltar a ser grandes. A partir daí, começaremos a aprender de fato com os outros.
E que o aprendizado não signifique cópia. Temos que assimilar o conteúdo dos outros, sejam eles alemães ou holandeses, e trazer para a nossa realidade, respeitando nossa história. O futebol brasileiro tem sua escola, que precisa ser aprimorada e não esquecida, mesmo nestes momentos de resultados negativos.
Que as derrotas sofridas para Alemanha e Holanda, esta última neste sábado, possam um dia fazer com que a gente possa agradecer pelo alerta. Por enquanto só servem para lamentações. Que o futuro, e nós mesmos, mude isso.