Parecia bravata, mas o Náutico cumpriu o que prometeu e endureceu a conversa com a Arena Pernambuco. De quebra, arrumou uma sarna para o presidente da Federação Pernambucana de Futebol se coçar.
Magoado com o tratamento que considera desigual que a Arena dá a Sport e Santa, o Náutico resolveu colocar gosto ruim na proposta de inversão do mando de campo nos clássicos, posta em votação no Conselho Arbitral.
Afinal, das partes envolvidas era a única que não ia levar um faz-me-rir.
E assim, num breve bilhete, disse "não".
Na prática, vale mais o gesto, pois o presidente da Federação Pernambucana de Futebol agora vai ter que sair da sombra e assumir o ônus de rasurar o regulamento que ele próprio desenhou. E nessa quarta (28), mesmo, vai sacramentar os dois clássicos na Arena Pernambuco numa canetada só.
Não deu no Arbitral, vai no arbitrário.
Sport e Santa estão no seu direito de lutarem por um vintém a mais para pagar as contas. Assim como a própria Arena e a FPF. E se os alvirrubros não leram as entrelinhas do contrato, paciência.
O Náutico sabe disso, mas deita a cabeça no travesseiro com a consciência tranquila de ter feito o que podia. Deixou claro o descontentamento na relação com a Arena e ainda ganhou munição para usar na campanha para presidente no final do ano.
Afinal, fatura de um contrato que cada vez mais desagrada aos alvirrubros vai cair no conta da oposição.
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