Já dizia um amigo meu, o bom no bom é fácil. "Quero ver o ruim no ruim", desafia.
Pois bem, Eduardo Baptista quer ser técnico só no bom no bom.
A impaciência dele na coletiva após a derrota em Salgueiro é a véspera do desespero. Não apenas por que foi lacônico nas respostas, o que já seria um desrespeito, afinal a legião de rubro-negros merecia uma explicação decente pelo apresentação apática no Sertão.
Sem falar na imprensa, que se deslocou 500 quilômetros para ouvi-lo não falar.
Mas sobretudo pela arrogância e destempero com os jornalistas.
Sempre digo e repito, destratar o repórter é agredir quem está do outro lado, seja no rádio, TV, jornal ou web. É dar um tapa na cara do próprio torcedor.
O cúmulo aconteceu quando um repórter perguntou sobre o desempenho (sempre) abaixo da média de Diego Souza:
"Vai perguntar a ele", respondeu Eduardo, tomado pelo rancor do dedão do pé ao último fio de cabelo.
Outra tapa na cara do torcedor do Sport.
Quem tem que saber sobre seus jogadores é o senhor, Eduardo Baptista, que ganha - e muito bem - para isso. Se brincar, recebe em um mês o que a maioria dos jornalistas naquela coletiva leva um ano para ver na frente.
Se não sabe o que está havendo com um jogador que vê treinar todo santo dia, sinto muito, passa o boné, tira um ano sabático, que está na moda, e vai esfriar a cabeça.
Mas antes de fazer qualquer coisa, professor, prioridade zero, peça desculpa pela sua grosseria aos repórteres e, principalmente, à sua torcida.
E aprenda que na vida não pode ser apenas o bom no bom.
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