Foto: TV Jornal.
O presidente do Santa Cruz, Alírio Moraes, afirmou que tirou dinheiro do próprio bolso para saldar o 13º salário do meia Raniel, que solicitou via Justiça do Trabalho a recisão de seu contrato com o clube e os direitos federativos. Ele também não reconhece a dívida que os representantes do jogador dizem existir mas adotou um tom conciliatório e lembrou a ajuda que o Santa deu ao jogador durante o período em que ficou suspenso.
Já o vice-executivo e de futebol, Constantino Júnior, foi um pouco mais contundente e deixou a entender que se Raniel conseguisse a liberação, não faria tanta falta. "Conquistamos 38 pontos sem a participação de Raniel, mas claro que ele é um bom jogador. Não vamos deixar que isto afete a nossa caminhada pelo acesso. Confio em nosso Departamento Jurídico e no presidente Alírio", disse.
O tom mais duro do vice ficou para o procurador do jogador, Eduardo Maluf, que também é procurador do atacante Luisinho. "Reconhecemos quem está com o atleta e não quem usa o atleta. É importante que o próprio Raniel se represente. A relação que temos co mos procuradores era amistosa. Com Luisinho, que é atleta dele, fomos diretos ao atleta", afirmou.
O presidente tricolor garantiu que todos os pagamentos têm sido feitos e guarda os documentos para provar o que diz. Juridicamente, ele acredita que o Santa Cruz poderia suspender os pagamentos durante os quatro meses de suspensão. "Poderíamos ter suspendido os pagamentos de Raniel por conta da situação do doping mas não fizemos. Os pagamentos estão sendo feitos mês a mês. Temos documentos que provam isto", afirmou.
Para ele, o que houve foi uma tentativa de tirar o jogador do clube sem precisar pagar nada. E algum outro clube estaria por trás disso. "E essa tentativa foi frustrada. A decisão da juíza foi precisa em não conceder esta recisão de forma antecipada. No meu ponto de vista, tentaram tirar o atleta do Santa Cruz sem pagar a multa rescisória para que atendesse outro clube".
Ele se referiu à decisão da juíza Renata Conceição Nóbrega Santos, da 18ª Vara do Trabalho, que indeferiu o pedido de Raniel por não encontrar elementos que dessem fundamento à recisão de contrato do atleta.
