Foto: Davi Saboya/Especial para o Blog do Torcedor
Por Diego Toscano, editoria de Esportes do Jornal do Commercio
Ídolo e titular absoluto do hexacampeonato do Náutico na década de 60, Ivan Brondi será o vice-presidente do clube no biênio 2016/17. Confiante, o ex-jogador conclama a torcida, faz comparações do hexa com o atual momento alvirrubro e ressalta a sua primeira função no Executivo do Timbu: soerguer as categorias de base.
AGORA DIRIGENTE
IB: "É uma situação inusitada. Na nossa Região, não me lembro de quem tenha feito trajetória como essa (de jogador a dirigente). Para mim, é uma responsabilidade muito grande. Tenho que dar conta de todos os encargos que me forem atribuídos com a mesma dignidade e eficácia de antes (como jogador)."
CONVITE
IB: "Um alvirrubro não deve correr nessas horas. Sempre tive vontade de ajudar o clube onde me consagrei no futebol. Apesar de alguns amigos dizerem que eu entraria numa “fria”, consultei minha família e joguei tudo pro alto para ajudar o Náutico. Vou tratar (o meu cargo) com o máximo de carinho, embora saiba que, em todo canto, se tem torcida contra. Se eu já joguei com a Ilha do Retiro toda torcendo contra e venci, por que não vou derrotar os poucos que poderão falar mal da gente?"
BASE
IB: "É a menina dos olhos. Acredito que um clube que não tem uma base boa, não sai do canto. No hexa, o Náutico era um clube que revelava e vendia muitos jogadores. Nos seis anos, além de grandes resultados, o clube ainda teve lucro com a venda de jogadores que, durante ou depois da passagem no Náutico, foram até para a seleção brasileira. A gente precisa trazer de volta esse resultado financeiro para o clube."
HEXA E MOMENTO
IB: "Vivi numa época de ouro. Quando foram me buscar no Palmeiras, todos os pernambucanos de lá me disseram: ‘fecha o olho e vai’. Quando cheguei, era uma garotada igual a mim, que estava surgindo. O Náutico teve a felicidade de formar um grupo que só deu alegria para a torcida. Não vivemos um bom momento agora, mas vou trabalhar para ver aquela época voltar."
TORCIDA
IB: "Sempre digo que o torcedor tem que gostar mais do clube que dos resultados. Se ele adorar o Náutico, se associar e incentivar nos momentos mais difíceis, certamente as grandes campanhas virão. Não estou falando isso como leigo: já vivi todos esses caminhos. Precisamos da torcida."
