Personagens para ficar de olho em 2016
Por Alexandre Arditti, da editoria de Esportes do Jornal do Commercio
Maior ídolo da história recente do clube e dono de oito títulos com a camisa rubro-negra (uma Copa do Brasil, outra do Nordeste e seis Pernambucanos), o goleiro Magrão reassume o posto em que reinou por 10 temporadas (2005 a 2015). O paredão do Sport volta a ser titular um ano depois de sofrer uma grave lesão no ombro direito, que o afastou dos gramados por quase três meses e abriu caminho para que Danilo Fernandes (trocou o Leão pelo Inter no início da semana) se firmasse na posição. Por ironia do destino, o adversário do retorno é o mesmo de sua saída do time: o Flamengo. Dessa vez, no entanto, pela estreia do Brasileirão – em 2015, a partida era válida pela 2ª rodada.
Tendo atuado apenas seis vezes nos últimos 12 meses, sendo quatro delas em 2016, Magrão reconhece que precisa de mais ritmo de jogo para poder se dizer 100%, mas mostra confiança em uma boa atuação no sábado (14), às 16h, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, contra o Flamengo. Mesmo com 577 partidas pelo Sport no currículo, o camisa 1 não esconde a “ansiedade de iniciante”. “É igual (a um calouro): tem a ansiedade, aquele friozinho na barriga. Isso é bom. Mostra que estou querendo, que ainda estou com aquela sede de jogar futebol e dar alegrias ao torcedor rubro-negro”, disse.
Magrão se machucou no dia 17 de maio do ano passado, aos 42 minutos do segundo tempo no Maracanã. O Sport vencia por 2x1. Foi uma tremenda falta de sorte. Sozinho no lance, ele caiu sobre o ombro direito ao defender uma bola rasteira e sofreu uma luxação. Como o Leão já havia feito as três alterações, o meia Diego Souza foi para o gol, mas não conseguiu evitar o empate carioca nos acréscimos. “Fominha de bola”, reconhece que foi difícil lidar com a reserva para Danilo Fernandes e ressalta a felicidade de voltar a ser titular.
“Estou reestreando novamente, feliz. Tenho certeza que dentro de campo, com meus companheiros, vou fazer o meu melhor, como sempre fiz com a camisa do Sport. Não via a hora de voltar. Quis o destino que fosse diante do mesmo Flamengo”, disse. “Meu objetivo é sempre estar jogando. De 2005 (ano em que chegou à Ilha) para cá, a única coisa que mudou foi o meu cabelo. Porque a vontade e a dedicação são as mesmas. A vontade de fazer o melhor pelo Sport é a mesma”, afirmou o paredão.
Aos 39 anos, Magrão deixa no ar a possibilidade de esta ser a sua última temporada como atleta profissional. “Não sei. Talvez sim, talvez não. Eu tenho algumas coisas na cabeça. Venho pensando sobre isso (aposentadoria) com a minha família, estou vendo algumas coisas. Mas ainda não vou abrir para vocês (repórteres)”, disse o goleiro.
O zagueiro Henríquez ressaltou a importância que tem o retorno de Magrão ao Sport. “A experiência que tem Magrão, o significado que ele tem para o clube... Magrão nos dá tranquilidade. Conta com a confiança do elenco. É um líder dentro de campo e será importante para nós arrancarmos no Brasileiro”, disse o colombiano.
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