
Em tempo de nome e sobrenome no futebol, quem tem apelido chama atenção. Nesta temporada, os torcedores pernambucanos acompanharam em seus times muito mais atletas com nomes compostos, como Rafael Pereira, Diego Souza e Danny Morais, ou duplos, como João Paulo, Éverton Felipe e Marco Antônio, por exemplo. Assim, aqueles apelidados deixam um rastro de curiosidade no Náutico, Sport e Santa Cruz.
A temporada 2016 acabou, alguns dos atletas até já deixaram o futebol do estado, mas ainda dá tempo de saber onde surgiu o apelido do atacante Grafite ou quem deu a alcunha de Mansur. Curioso? Leia abaixo os significados e os reais nomes de sete jogadores do Trio de Ferro da capital pernambucana.








SPORT
Magrão (Alessandro Beti Rosa) - Talvez Alessandro seja um nome muito grande para gritar quando o goleiro do Sport faz uma grande defesa. Então, Magrão faz as vezes. A origem é bastante simples. Muito alto e magro, o defensor passou a ser chamado assim aos 14 anos, quando jogava ainda no Nacional, clube que o revelou.
Apodi (Luiz Diallisson de Souza Alves) - Do Rio Grande do Norte, Apodi fica a mais de 300 quilômetros de distância de Natal. O lateral-direito nasceu na cidade e, logo nas categorias de base, o nome Luiz deu lugar ao apelido municipal.
Mansur (Joéliton Lima Santos) - Dos quadrinhos para um desenho animado e depois para o campo de futebol. Assim, Joéliton se transformou em Mansur. De acordo com o lateral-esquerdo, a ideia do apelido foi de Ananias, ex-atacante do Sport e uma das vítimas do acidente com o avião da Chapecoense, quando os dois jogavam pelo Real Salvador. O nome é um diminutivo para Marsupilami, desenho dos anos 1990.
Marsupilami foi um desenho animado dos anos 1990. Fotos: Divulgação/Sport e Reprodução
SANTA CRUZ
Keno (Marcos da Silva França) - O apelido de infância se destacou, mesmo quando o time estava em baixa. Depois de se sobressair no Brasileirão, o novo atacante do Palmeiras teve seu apelido amplamente difundido. A corruptela é de infância. O irmão do jogador, quando tinha 10 anos, ficava o chamando de "pequeno" e daí veio "Keno".
Grafite (Edinaldo Batista Libânio) - Conhecido mundialmente como Grafite, o apelido não foi muito bem aceito logo de cara. No final do ano 2000, o atacante estava na Matonense para fazer testes em meio a muitos jogadores. Estevam Soares era o técnico e chamou o então Dina de Grafite. Segundo o artilheiro, ele não respondeu ."Falei para ele 'meu nome não é Grafite, meu nome é Ednaldo", explica. Mas, a alcunha pegou e a camisa do time logo veio com o apelido. Ele pediu outra. O presidente do clube garantiu que o nome ia pegar.
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NÁUTICO
Negretti (Samuel Rosa Pereira) - Pelo nome, ele bem que poderia ser o vocalista da banda Skank, mas o volante alvirrubro recebeu um apelido na infância, em São Paulo, que seria levado aos gramados. Desde então, Negretti é o nome estampado na camisa do jogador.
Esquerdinha (Rubens Raimundo da Silva) - Pernambucano, foi na Zona Oeste do Recife que o jogador recebeu o apelido por ser canhoto. "Foi Wilson, conhecido como Véio, do Ipsep, que tem uma escolinha. Ele disse que Rubens era muito difícil de chamar", explicou o meia desde então chamado de Esquerdinha.
Yuri Mamute (Yuri Souza Almeida) - Jovem, o apelido poderia facilmente ter saído de um dos filmes da franquia A Era do Gelo. Mas, Mamute data de ainda antes das estreias. "Nasci muito gordo, com 5,3 kg e o apelido pegou", disse o atacante.