
Não se pode ignorar a competência e seriedade de se fazer futebol no Salgueiro. Distante do Recife, dos grandes patrocinadores e numa região onde a seca castiga fortemente, o clube conseguiu sobreviver à crise nacional e à queda de receita com a extinção do Programa Todos com a Nota. E cresceu. Ajudou a ampliar o estádio municipal, construiu centro de treinamento e conseguiu segurar uma base por mais de quatro anos. Mas ser líder do Campeonato Pernambucano após a metade da fase de classificação mostra também a queda de Santa Cruz, Sport e Náutico.
Com todo respeito ao entrosamento do time do Carcará e à experiência de seus veteranos jogadores, o trio recifense era para estar bem na frente na tabela de classificação. Mas não está. Vê o Salgueiro no merecido topo. Distante, até. Sem enxergar seus defeitos.
Todos têm orçamento bem superior ao time sertanejo. Torcida? Nem se fala. Especialmente o Sport, representante no Estado da elite do futebol brasileiro. Mas Náutico e Santa também devem. Estão numa Série B. Têm patrocínio nacional. Milhares de sócios. Mas ficam batendo palmas para o primo pobre do interior.
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