O Sport não fez um jogo brilhante contra o Bahia, nesta quarta-feira, pela primeira partida da final da Copa do Nordeste. Aliás, foi até inferior ao adversário em alguns momentos, dando a impressão que iria perder o confronto. Mas o Tricolor de Aço não contava com o coração pulsante da Ilha do Retiro para empurrar o Leão na busca pelo empate em 1x1, que se não foi o ideal, pelo menos manteve os rubro-negros vivos no Nordestão. Juninho marcou para os visitantes, enquanto que o Juninho leonino foi o amuleto do técnico Ney Franco mais uma vez e mandou a bola para as redes pelo lado dos donos da casa.
Com o empate, o Bahia joga pela igualdade em 0x0 para ser campeão da Copa do Nordeste pela terceira vez na história. Se vencer, obviamente leva a taça. Ao Sport, cabe vencer ou empatar por 2x2 em diante para o título Um novo 1x1 leva a decisão para os pênaltis. Antes da decisão em Salvador, contudo, as duas equipes se voltam para a disputa da Série A do Campeonato Brasileiro. O Leão encara o Cruzeiro em casa, enquanto que o Tricolor duela com o Vasco fora.
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SPORT CAI DE RENDIMENTO E BAHIA APROVEITA
Por jogar em casa, o Sport logicamente foi a equipe que mais se lançou ao ataque. Depois de superar os primeiros minutos nervosos, o Leão colocou a bola no chão e criou as melhores chances de perigo, principalmente no primeiro tempo. Os rubro-negros apostaram no jogo pelos lados e conseguiram desenvolver o seu futebol na Ilha do Retiro. A melhor aposta nas laterais foi com a parceria Everton Felipe e Samuel Xavier. Dos pés deles saíram as melhores oportunidades dos donos da casa. Rogério e Raul Prata também foram bem, mas em menor intensidade pelo lado esquerdo. Rogério, por sinal, apareceu mais nas finalizações do que na criação.
O jogo coletivo, contudo, foi esquecido com o passar dos minutos. Muito porque o Sport não conseguiu os gols e devido à abertura de vantagem do Bahia no segundo tempo. Isso fez os rubro-negros errarem muito lá na frente e diminuírem o ímpeto ofensivo com o tempo. A defesa do Bahia, que já levou a melhor quando o Leão agredia mais, passou a dominar o jogo durante boa parte dos 90 minutos.
Juninho foi o autor do gol do Sport. Foto: Guga Matos/JC Imagem
Quem também caiu de rendimento durante o andar do relógio foi a defesa do Leão. Se no começo, os jogadores estavam atentos e não davam chances ao adversário, facilitando assim a criação, depois começou a dar espaços para o Tricolor de Aço, que se aproveitou da queda de rendimento dos leoninos no jogo. Assim, a equipe de Guto Ferreira passou a ter maior presença ofensiva, levando muito mais perigo. O placar só não foi ampliado poque na meta do clube pernambucano exite um extraterrestre chamado Magrão.
Se o jogo não fluiu na técnica ou organização, coube ao torcedor empurrar o time do Sport no gramado. A Ilha inflamou e o Leão entendeu, se doando até o fim no campo. Acabou recompensado com o gol de Juninho, que se não deu a vitória, pelo menos evitou a frustração do torcedor.
NA BRONCA COM NEY
O técnico Ney Franco foi o grande alvo da torcida nesta noite. Tudo porque sacou Everton Felipe de campo para colocar Juninho. Os rubro-negros nas arquibancadas não perdoaram e gritaram o famoso "burro" para o treinador. A situação ficou ainda pior após o gol do Bahia no jogo. No fim da partida, novamente os xingamentos ao comandante.
FICHA DA PARTIDA - SPORT 1X1 BAHIA
Magrão; Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Durval e Raul Prata; Ronaldo, Fabrício e Diego Souza; Everton Felipe (Juninho), Rogério e André. Técnico: Ney Franco.
Bahia: Jean; Eduardo, Tiago, Lucas Fonseca e Matheus Reis; Matheus Sales (Feijão), Renê Júnior, Juninho e Zé Rafael (Maikon Leite); Allione (Gustavo) e Edigar Junio. Técnico: Guto Ferreira.
Copa do Nordeste (final). Local: Ilha do Retiro, Recife (PE). Árbitro: Antonio Dib Moraes de Sousa (PI). Auxiliares: Flavio Gomes Barroca (RN) e Pedro Jorge Santos de Araujo (AL). Gols: Juninho (B) aos 11 e Fabrício aos 36 minutos do 2º tempo. Cartões amarelos: Matheus Reis (B), Renê Júnior (B), Durval (S) e Jean (B). Público: 26.685. Renda: R$ 557.825.