Como já escrevemos em texto republicado nesta sexta-feira, a ciranda de técnicos do Sport vem repetindo seu enrendo nos últimos anos. O clube vem insistindo em treinadores de nome no mercado, como Falcão, Oswaldo de Oliveira, Ney Franco e agora Luxemburgo, e não vem obtendo os resultados esperados. Muito porque avalia que a "grife" vai resolver sozinha, esquecendo que mais importante do que o nome é a filosofia de trabalho alinhada com o projeto do próprio Leão. Rodando de grife em grife, os rubro-negros estão perdendo a oportunidade de implementar conceitos que realmente funcionem.
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Basta analisar as coincidências em Luxemburgo, Oswaldo e Ney Franco para entender isso. Qual havia sido o último grande trabalho do trio? O que os referendava nos últimos anos para treinar o Sport? Poucos argumentos, salvo o nome e o currículo, referendavam a contratação. Com todo respeito a esses três nomes, que já fizeram muito em outros tempos, mas o momento deles era de baixa no mercado. Difícil entender o motivo do investimento.
Mas mesmo com decepção atrás de decepção, a grife vem pesando na Ilha do Retiro na hora de contratar. Com isso, o Sport vai trocando de projeto em projeto (impossível pensar que Luxemburgo tinha o mesmo pensamento de Ney Franco ou Oswaldo) e se atrapalhando nas suas próprias pernas. Tanto é que o Leão vai acabar o ano com a mesma filosofia que começou a temporada e que não teve sequência, mesmo com Daniel Paulista tendo 70% de aproveitamento com a equipe. Caiu muito porque não tem a grife para fazer valer a seu favor em momentos de turbulência.
Claro que a direção rubro-negra não toma suas decisões pensando em errar. Obviamente que eles querem o bem do time e do clube. Mas chegou a hora de rever um pouco alguns conceitos. A repetição de enredo cobra isso.