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Há 50 anos, Náutico era o primeiro pernambucano a conquistar vaga na Libertadores

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 29/12/2017 às 8:07
Foto: Acervo JC.
Foto: Acervo JC.

Às vésperas do ano novo, o Náutico relembra o aniversário de 50 anos de um feito. Em dezembro de 1967, o Timbu se tornou o primeiro time pernambucano a conquistar uma vaga na Libertadores. A oportunidade de disputar o continental chegou após o alvirrubro alcançar a final da Taça Brasil, o campeonato nacional da época. E a grande decisão foi contra o Palmeiras. O terceiro e último jogo foi no Maracanã, no dia 29 de dezembro de 1967.

Com o poderio do time que viria a se tornar hexacampeão pernambucano no ano seguinte, o Náutico entrou na Taça Brasil logo na 3ª fase. O Timbu decidiu a chave Norte/Nordeste e passou pelo América-CE, ao vencer os dois jogos por 1x0.

O médico e escritor Lucídio Oliveira, autor de O Náutico, a Bola e as lembranças, entre outros livros, relembra que o adversário nesta fase havia quebrado a hegemonia de Ceará, Fortaleza e Ferroviário em seu Estadual. “Esse duelo com o América foi muito difícil, pois era um time muito bom. Tinha um goleiro excelente chamado Pedrinho, a fazer nome no penta pelo Santa Cruz”, contou.

Em seguida, o Timbu eliminou dois gigantes de Minas Gerais. Nas quartas, deixou o Atlético no caminho. “O Náutico se agigantou, porque conseguiu passar jogando a segunda e terceira partida lá”, disse Lucídio.

O terceiro jogo foi dia 1º de dezembro. Três dias depois, já tinha o Cruzeiro pela frente, na semifinal. Segurou o empate em 1x1 até o fim, mas em uma jogada de Gena na área, acabou cedendo a vitória para a Raposa. No Recife, venceu um jogo e empatou o outro. “Foi uma exibição de gala contra o Cruzeiro, que era o campeão brasileiro”, ressaltou Lucídio.

Do seu lado, o Palmeiras, de lendas como Ademir da Guia, também obteve a vantagem de pular etapas. O Verdão entrou direto na semifinal. Comandada por Duque, a equipe alvirrubra tinha jogadores como Ivan Brondi, Lala e Gena. A grande final começou a ser disputada no dia 20 de dezembro daquele ano. O primeiro jogo foi na Ilha do Retiro e os paulistas venceram por 3x1. O troco veio no Pacaembu, uma semana depois. “O Náutico ganhou por 2x1, quando tudo estava preparado para festejar a conquista do título pelo Palmeiras”, relembrou o escritor.

Como o agregado não era suficiente para decidir o campeão, a vitória Timbu forçou a terceira partida. O campo foi o Maracanã, debaixo de chuva e com o gramado em condições precárias. Para o Timbu, restou o vice, ao perder mais um jogo, agora por 2x0, com gols de César e Ademir da Guia.

Mesmo assim, a equipe fez história, sendo o primeiro pernambucano a se classificar para a Libertadores. O Náutico ficou no Grupo 5. Entre janeiro e março de 1968, o Timbu fez seis jogos, enfrentando Palmeiras e os venezuelanos Deportivo Portugués e Deportivo Galicia. Com duas vitórias e dois empates, a classificação para a fase seguinte não aconteceu por uma irregularidade. No jogo no Recife diante do Portugués, o Náutico perdeu os pontos por fazer a segunda substituição, não permitida na época.

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