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Com Tite tivemos a chance de decidir e errar; Sem ele, nem isso

Thiago Wagner
Thiago Wagner
Publicado em 07/07/2018 às 15:20
Foto: AFP
Foto: AFP

É lógico que a derrota para a Bélgica, que vem com a eliminação da Copa do Mundo, dói. É natural, afinal o Brasil respira futebol, ainda mais em época de Mundial. Mas se pararmos para analisar friamente, será que mereciamos mesmo o hexa? Será que era o momento do técnico Tite e companhia terem o auge de suas carreiras na Rússia?

Se analisarmos somente a história de Tite e de alguns jogadores como Marcelo ou Thiago Silva talvez sim. Mas tomando o tempo de preparação e o tamanho do trabalho da reconstrução que era necessária depois do 7x1, provavelmente chegaríamos à conclusão que ainda era cedo para o título. Não pela falta de competência, mas pelo amadurecimento mesmo.

Nos tempos de hoje, ganhar uma Copa do Mundo não se resume a somente reunir craques e torcer pro talento resolver. É necessário um verdadeiro planejamento de longo prazo, que vai da seleção inclusive, pegando as categorias de base, por exemplo.

Levando isso em consideração, podemos ver que o que foi feito por Tite foi algo extremamente relevante. Pegar uma seleção que estava até então fora da Copa, que não tinha modelo de jogo e que era dita como uma geração ruim para, em menos de dois anos, fazer esse mesmo time ser um dos favoritos ao título, com grande futebol e respeitado novamente, foi uma verdadeira revolução.

Revolução que tem que continuar. Se com Tite e todo o seu estafe paramos na Bélgica, imagina sem esse tipo de trabalho? Copa não se ganha mais com trabalhos de curto prazo. Vide casos da Alemanha e agora de França e Inglaterra, que bateram muito na parede, e ainda batem, para conseguirem uma glória. Para se ganhar uma Copa é preciso se perder muito. É a lei do esporte.

Com Tite tivemos a chance de ser ineficaz, chutando 26 vezes para marcar apenas um gol contra a Bélgica. Sem o tipo de trabalho feito por ele talvez nem nas quartas chegássemos. Trabalho existe para você ter a chance de decidir e errar. Sem ele, nem isso. Assim, é fundamental que haja continuidade dessa metodologia na seleção. Até para que haja a oportunidade de aprender com os erros, que não podem ser relativizados, óbvio. Mas em vez de demonizá-los, precisamos tomar como aprendizado, incluindo e não excluindo. 

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