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Hexa do Náutico é o maior título da carreira de Ivan Brondi

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 21/07/2018 às 7:31
Ivan esteve presente em 125 jogos do hexa. Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Ivan esteve presente em 125 jogos do hexa. Foto: Diego Nigro/JC Imagem

Presente em 125 dos 140 jogos, Ivan Brondi é a maior expressão do hexa. O ex-meia recebeu o JC e falou sobre a maior glória da sua carreira. No início, porém, ganhou a torcida na marra. Depois, sofreu como presidente do clube, quanto até chegou a renunciar, em 2017. Hoje, esquece as mágoas para falar do orgulho de ser um dos maiores representantes do clube.

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COMEÇO

Vim trazido pelo (técnico argentino Alfredo) González. Sai do Palmeiras porque não aguentava mais jogar na ponta. Falou que eu ia revezar com um garoto que se chamava Bita. Na primeira semana, em um jogo na Ilha contra o Santa, fui de ponta esquerda. Depois, me colocaram na meia e Rinaldo, um dos craques do time, na ponta. A torcida não gostou disso e não me queria de jeito nenhum. Ganhei ‘na tora’, como se diz na gíria, e me afirmei dentro do clube. O começo foi difícil, mas aos poucos fui me acostumando diante das dificuldades, sempre trabalhando duro. Consegui permanecer dentro do plantel como titular por muito tempo.

125 JOGOS

É motivo de orgulho. Pertenci desde o começo até o último jogo do hexa. A gente teve uma responsabilidade na formação dos garotos que viveram a nossa época. Agora tem que dar exemplo para que outras gerações possam seguir o mesmo caminho. Fico satisfeito de ter jogado, mas não penso na quantidade. Se não fosse Ramos, a gente não era hexa. Então o que adiantava ter jogado 300 ou 400 vezes mais? Se não fosse a qualidade de Salomão, também não teria chegado a nada.

JOGO ESPECIAL

Toda vitória tem que ser lembrada. Mas eu me lembro muito das finais (do Pernambucano) de 1967, quando nós nos sagramos campeões e, na Ilha, marquei um gol. Lala cruzou, eu me atirei de peixinho e fiz. Estão vendo (olhou para Salomão e Ramos, companheiros na campanha do hexa)? Vocês não acreditam, mas eu fiz gols também (risos).

HEXA

Foi muita luta e dedicação. Muitas vezes com aborrecimentos, mas foi um triunfo maravilhoso. Me sinto orgulhoso de pertencer àquele grupo. A gente colaborava modestamente para que tudo corresse bem. Foi uma conjunção de esforços que levou o Náutico ao hexa. É o que falta hoje. O futebol está muito mudado. Tínhamos uma vontade muito grande de progredir. Uns conseguiram, como Salomão, que foi pro Santos, time de primeira linha e campeão mundial. Outros ficaram aqui batalhando sem nunca desanimar e cada vez mais levando o Náutico a vitórias que ficaram na memória dos torcedores.

AMIGOS

Até hoje nós temos uma amizade forte. Quando a gente deixou o futebol, quem tinha mais influência ajudou os outros a arrumarem empregos. Começamos com uma pelada e hoje temos uma granja no Pica Pau Amarelo (no bairro da Guabiraba, Zona Norte do Recife), onde nos reunimos, além de reuniões semanais. São amigos do peito e estamos sempre juntos.

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