Por Diego Borges, do Jornal do Commercio
A palavra ‘balão’ possui diversos significados na língua portuguesa. De artigo de festas juninas a instrumento de laboratórios. Especificamente no futebol, o termo é utilizado quando um clube atravessa a negociação de um outro e acaba acertando com algum jogador ou treinador. E em Pernambuco, um dos mais famosos da história aconteceu em outubro de 2001, quando o Santa Cruz frustrou a negociação do Sport e acertou com o atacante Túlio Maravilha.
Quase vinte anos depois, o JC mergulhou fundo nos registros e ouviu as versões dos principais personagens envolvidos na polêmica, a fim de esclarecer o que de fato aconteceu e o que se tornou folclore da bola, em um dos episódios mais intrigantes no futebol pernambucano.
O Campeonato Brasileiro daquele ano já estava na segunda metade, com Santa e Sport imersos na zona de rebaixamento entre os 28 participantes. A salvação apontada por ambos seria encontrar um goleador. E os rubro-negros agiram primeiro. No que se desenhava como o ‘casamento perfeito’ com Túlio Maravilha, que aos 32 anos na época e com histórico de artilheiro por três temporadas na Série A, atravessava má fase com o Vila Nova na Série B, e viu o Leão como uma boa oportunidade.