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Trilogia do Rebaixamento - A Profecia (2016)

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 02/12/2018 às 18:06
Foto: Fernando da Hora/ Acervo JC Imagem.
Foto: Fernando da Hora/ Acervo JC Imagem.

O rebaixamento do Sport  neste domingo (2) é apenas o ponto final de um ciclo de erros que se repete desde o início de 2016, justamente quando o clube acabara de encerrar sua melhor campanha no Brasileirão por pontos corridos - sexto lugar em 2015. Falta de critérios nas contratações, apostas erradas aliadas a problemas de gestão no futebol criaram um roteiro que dificilmente teria como cena final algo diferente do que aconteceu. Como nas melhores franquias, a trilogia do rebaixamento rubro-negro teve de tudo: romances que vão e voltam, intrigas e conspirações, momentos de choro e lágrimas...

2016 - A Profecia

O encerramento positivo do Brasileiro de 2015 criou a falsa impressão de que o Sport conseguiu chegar onde chegou após Paulo Roberto Falcão substituir Eduardo Baptista, que trocou o Leão pelo Fluminense sem dar maiores satisfações aos dirigentes. Diego Souza, André, Marlone, Élber e Maikon Leite foram embora. Nos lugares deles o clube contratou Reinaldo Lenis, Johnathan Goiano, Mark González, Bryan Ruiz, Edmilson e Rodney Wallace, só para ficar nos atacantes.

Na Copa do Nordeste, o time foi eliminado pelo Campinense na semifinal numa disputa por pênaltis. Mais do que pela eliminação, o futebol confuso e frágil defensivamente levou a diretoria a demitir o Rei de Roma. Porém, o substituto também não prometia muito. Oswaldo de Oliveira veio mais pelo passado - campeão brasileiro e mundial com o Corinthians entre 1999 e 2000 - do que pelo presente. Nas finais do Pernambucano caiu para o Santa Cruz e começou mal o Brasileiro.

Só apresentou uma melhora diante do mesmo Santa, ao vencer o velho rival no Arruda por 1x0. Mas a oscilação foi a mesma do Pernambucano e da Copa do Nordeste, com direito a dispensa de muitos dos contratados no início do ano. Em outubro, o Corinthians convidou Oswaldo para voltar e ele aceitou.

O então auxiliar, Daniel Paulista assumiu o comando da equipe. A queda só não se concretizou porque Diego Souza, que voltou em março, fez uma competição impecável, inclusive saindo como artilheiro ao lado de Fred e William Potker. Com tantos contratados, até julho já eram 20, além de Diego Souza, o outro destaque foi um jogador formado na base, o meia Everton Felipe. Terminou em 14º e ganhou de presente uma vaga na Sul-Americana.

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