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Atacante Juninho, do Sport, é acusado de agredir repórter

Davi Saboya
Davi Saboya
Publicado em 18/02/2019 às 14:42
Dentro de campo, o atacante Juninho foi expulso pelo árbitro Luiz Sobral após o apito final do Clássico das Multidões. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Dentro de campo, o atacante Juninho foi expulso pelo árbitro Luiz Sobral após o apito final do Clássico das Multidões. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Por Diego Borges, da editoria de esportes do Jornal do Commercio

Mais uma vez, o futebol se tornou apenas um detalhe na trajetória do atacante Juninho, do Sport. Aos 19 anos, o jovem revelado na base do clube rubro-negro acumula no currículo gols decisivos e convocações para as categorias de base da seleção brasileira, mas também tem em ficha detenção sob acusação de agressão e ameaça à ex-noiva. E neste último domingo, após o clássico entre Santa Cruz e Sport, o jogador acrescentou mais uma polêmica ao seu histórico, ao ser acusado de agredir o repórter Victor Pereira, da Rádio CBN do Recife, que promete formalizar queixa na Justiça contra o jogador.

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“Eu estava entrevistando (o volante) Ronaldo na saída de campo, quando ele (Juninho) deu um tapa no meu braço, se virou para mim e gritou: ‘Quer fazer graça é, filho da p***?'”, relatou Victor Pereira à reportagem do JC. O jornalista acredita que a agressão sofrida é uma forma de retaliação a uma informação repassada na partida entre Sport e Petrolina, na Ilha do Retiro, quando reportou descontentamento de Juninho ao deixar o campo de jogo na ocasião.

“Isso tudo é um desdobramento do que aconteceu na semana passada. Eu publiquei uma informação que é verídica, inclusive outros repórteres também relataram no ar, como Igor Moura (repórter da Rádio Jornal) e outros colegas, que Juninho, após a vitória sobre o Petrolina, deixou o campo chateado, chutou a placa de publicidade e foi para o vestiário. essa foi a informação”, afirma Victor, que foi alvo de xingamentos pelo próprio Juninho e pelo colega Adryelson, zagueiro também formado nas categorias da base do Sport.

“Na segunda feira (11), Adryelson postou um print desse meu tweet (com a informação) me xingando. E Juninho repostou a postagem de Adryelson, adicionando que eu era incompetente e mentiroso. E ontem foi o primeiro jogo depois disso tudo. Ele foi expulso e saiu de campo chateado. Eu estava entrevistando Ronaldo e não iria nem chegar perto dele. Até me surpreendeu quando ele passou por mim e me deu um tapa no braço e gritou aquilo”, completa o repórter Victor Pereira.

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Em vídeo, o presidente da associação de Cronistas Desportivos de Pernambuco-ACDP, André Luiz Cabral, prestou solidariedade ao repórter e disponibilizou o corpo jurídico da ACDP para a sequência do caso.

A EXPULSÃO

A ira de Juninho após a partida não foi direcionada apenas ao repórter Victor Pereira. Logo após o apito final do jogo, o atacante partiu em direção à arbitragem e terminou expulso. Em súmula, o árbitro Luiz Claudio Sobral relatou as ofensas e acusações proferidas pelo jogador.

“O Motivo: 201 - Reclamar / protestar (verbalmente ou por gestos) ostensiva e ofensivamente contra decisão da arbitragem. - APÓS O TÉRMINO DA PARTIDA, EXPULSEI O SENHOR EDIMAR RIBEIRO DA COSTA JUNIOR Nº 37 DA EQUIPE DO SPORT CLUB DO RECIFE, POR SE DIRIGIR A MIM DE FORMA OSTENSIVA E OFENSIVAMENTE, OFENDENDO A MINHA HONRA E DIGNIDADE PROFERINDO AS SEGUINTES PALAVRAS: "A CULPA E SUA SEU FILHO DA PUTA, SEU PORRA VOCÊ ROUBOU A GENTE". O MESMO TEVE QUE SER CONTIDO PELO POLICIAMENTO E POR INTEGRANTES DA COMISSÃO TÉCNICA DA SUA EQUIPE PARA DEIXAR O CAMPO DE JOGO.”

O QUE DIZ O SPORT

Procurado pela reportagem do JC, o dirigente do Sport Wanderson Lacerda afirmou que o clube agendou uma reunião com os membros da cúpula leonina, o jogador e o repórter Victor Pereira. Segundo Wanderson, a intenção da diretoria rubro-negra é minimizar os danos relacionados ao atleta. Cogita-se, inclusive, ser aplicada uma multa no valor de dez cestas básicas sobre o salário de Juninho.

“Quando cheguei no vestiário ontem , eu não soube essa conversa. À noite, depois do jogo, soube que aconteceu esse problema. Agora, a gente tem uma reunião com o pessoal para me inteirar mais, para saber o que aconteceu. Até agora só temos o lado do repórter e para emitir uma opinião eu preciso ouvir o lado do jogador também”, afirma Vanderson Lacerda, que prega cautela ao tratar do jogador.

“A gente sabe que tem que ter o maior cuidado com ele, da parte geral dele, que tem um problema e todo mundo sabe. O que a gente está tentando  fazer com Juninho é minimizar os problemas para evitar a repercussão, que é negativa. Minimizar o caso”, disse o dirigente, antes de apontar. “Pode ter acontecido uma outra derrapada. Já havia se falado em pagar dez cestas básicas, algo assim. Seria uma multa.”

A RESPOSTA DE JUNINHO

No início da madrugada pós-clássico, Juninho publicou uma série de vídeos em sua conta pessoal do Instagram atacando o jornalista Victor Pereira, acusando de não haver provas da agressão. "Um tal de um Victor, que eu marquei ele semana passada aqui no meu Instagram. Ele falou que eu e Adryelson saímos chutando placa e tudo na Ilha (do Retiro), no jogo contra o Petrolina. Engraçado, que ele viu chutando placa e garrafa dentro do vestiário e não tem prova nenhuma. Agora ele vem com outra, dizendo que agredi ele no Arruda. Cadê prova? Engraçado que agredi ele e não Teve tumulto nenhum em cima dele. Aí todo mundo acha certo sair falando em rede social sobre Juninho. Todo cachorro acha normal estar falando de mim em rede social, 'pra ver se pega uma faminha, né?'”

Juninho também lembrou da acusação de agressão contra a ex-noiva - cujo processo aguarda uma segunda audiência na Justiça - a quem também acusa de não haver provas sobre o caso. “Primeiro, vem a menina pra falar com Greyde Angelo (sic) e não sei o quê. A menina faz tudo aquilo e não dá p*** nenhuma. Agora vem esse cara, falando que eu chutei placa e garrafa e não tem nada. Cadê prova, amigão? Quer ganhar fama? Acho que a tua empresa tá te pagando mal. Se tiver pagando mal, você me ligue que eu lhe dou ajuda”, completa o jogador, que segue os ataques.

“É só um babaca, um abestado querendo ganhar fama em cima de mim. Se ele for homem mesmo, de verdade, vá lá na delegacia e faça o 'corpo de delito', aí pega a minha agressão.” E ironiza. “É engraçado que as minhas agressões não deixam marca nenhuma. Será que minha mão tem algodão ou alguma coisa? Não deixa marca nenhuma. é engraçado que ‘delito’ nenhum acusa isso.”

Em seguida, Juninho recusa a ideia de processar o repórter Victor Pereira. “Pessoal dizendo 'Juninho, processe', eu tenho mais o que gastar dinheiro. Meu filho gasta um dinheiro do c*** com p*** de leite e fralda. Gastar dinheiro para processar um m*** desses falando mentira? Tá de sacanagem. Meu filho daqui a pouco ele acorda com fome e já vai uma lata de leite, cara pra c***. Tenho dinheiro pra gastar com a minha mãe, que gasta pra c***, meu pai, que é um absurdo. Minha irmã, que não faz nada. Minha outra irmã que estuda, minha mulher e meu filho. Gasto dinheiro pra c*** pra gastar processando esse m***?”, encerra Juninho.

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