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Declaração de Felipão sobre Pinochet divide direção do Colo-Colo

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 28/02/2020 às 18:51
Felipão não trabalhava há um ano, desde que deixou o Palmeiras. Foto: Reprodução/Twitter Palmeiras
Felipão não trabalhava há um ano, desde que deixou o Palmeiras. Foto: Reprodução/Twitter Palmeiras

O Colo-Colo busca um novo técnico após a saída de Mario Salas. Um dos nomes possíveis para assumir o time chileno é o brasileiro Luiz Felipe Scolari. Mas, ter Felipão como treinador divide a direção do clube. Há 22 anos, em 1998, o brasileiro fez elogios ao ditador chileno Augusto Pinochet, em entrevista à rádio Jovem Pam.

"Pinochet também fez coisas boas. Ajeitou muitas coisas lá. O pessoal estava meio desajeitado. Ele pode ter feito uma ou outra retaliaçãozinha aqui e ali, mas fez muito mais do que não fez. Há determinados momentos que ou o pessoal se ajeita ou a anarquia toma conta", disse Felipão na entrevista do dia 29 de outubro de 1998, quando Pinochet estava preso em Londres.

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O ditador, já fora do cargo, havia viajado à Inglaterra para passar por uma cirurgia. Ele foi preso a pedido do juiz espanhol Baltasar Garzón, sob acusação de torturas, execuções e desaparecimentos de pessoas, com base em vítimas espanholas. Pinochet ficou em prisão domiciliar por mais de 500 dias.

De acordo com o jornal chileno La Tercera, três diretores do Colo-Colo acreditam que é inconveniente contratar o técnico. Eles consideram que o contexto em que vive o Chile não permite, pois a presença de Felipão pode causar mais violência por causa das declarações antigas.

Augusto Ramón Pinochet deu um golpe militar no Chile em 11 de setembro de 1973. A ditadura durou 17 anos, matou cerca de 3 mil pessoas e torturou mais de 40 mil. O estádio nacional se tornou uma prisão, onde 40 mil civis contrários ao regime foram detidos.

As mulheres foram as vítimas que mais sofreram. De 3.621 detidas, 3.399 foram estupradas, além de outras formas de tortura e humilhação. A ditadura de Augusto Pinochet no Chile durou até março de 1990. O militar morreu em 10 de dezembro de 2006, aos 91 anos de idade, sem nunca ter sido penalizado pelos crimes cometidos.

Ironicamente, em 10 de dezembro é comemorado o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Foi nesta data, em 1948, que a Organização das Nações Unidas (ONU) concebeu a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em Assembléia Geral, em Paris.

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