O presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, falou sobre os detalhes do período em que a seleção brasileira passará no Recife para treinar e disputar o primeiro jogo das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2022.
De acordo com o mandatário, que concedeu entrevista ao programa Bate Rebate da Rádio Jornal, esta será a primeira vez na história que a seleção Canarinho ficará hospedada em uma cidade por um período mais longo.
Na capital pernambucana, os comandados por Tite vão se preparar para a estreia na competição diante da Bolívia.
A seleção aportará na capital no domingo, dia 22, e iniciará os trabalhos na segunda-feira. O jogo será realizado no dia 27 de março, na Arena de Pernambuco.
Evandro comentou a vinda da seleção para o Recife.
"Essa vinda da seleção é excepcional. Pela primeira vez a seleção ficará durante um período tão longo em uma cidade que ela não esta disputando uma competição oficial".
"Vamos receber membros da comissão técnica, diretores, vamos fazer a coletiva de imprensa. Foi uma decisão da CBF recebida por nós com muito agrado".
"Essa relação entre o torcedor de Pernambuco e a seleção é fraterna, nenhum estado tem essa característica única de afinamento com a imagem, com a instituição seleção. Então ficamos muito felizes", comentou.
"Tudo foi costurado, construído com a CBF. E ainda vamos ter esse treino aberto. E vamos fazer o ingresso mais barato".
"Não vai ser algo de R$ 10,00 porque a Fifa não permite, mesmo assim vamos atender essa população".
PEDIDOS PARA A SELEÇÃO
Por enquanto a CBF ainda não definiu onde a seleção treinará nos dias que antecedem o jogo contra a Bolívia.
As opções são os estádios da Ilha do Retiro, Arruda e Aflitos, além dos CTs do trio de ferro e do Retrô. O problema é que os equipamentos não atendem às exigência da seleção.
Para se ter ideia, um dos pontos solicitados é um banheiro com hidromassagem para os jogadores.
Evandro explicou a situação, destacando o nível elevado de sofisticação exigido pelo atletas.
"Vamos ter um campo. A questão é que o futebol mudou muito. Aconteceu um episódio com Pelé em um determinado jantar da seleção. A comida era tão ruim que eles (os jogadores) não comeram".
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"Hoje o nível exige que eles tenham 200m de distância para aquecer. O nível de sofisticação é grande. Não estou recriminando. São atletas profissionais. Eles têm esse tratamento na Europa, China, América do Norte".
"É um nível de sofisticação tão grande que quando chegamos aos estádios fica é evidente que essa estrutura ficam muito distante do que o que esses atletas estão acostumados em termos de equipamento, de tecnologia", comentou Evandro, que completou.
"Vamos superar isso e vamos utilizar o que temos de melhor. Deixamos abertos para eles escolherem o melhor local".