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Ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira diz que sofreu retaliação

Gabriela Máxima
Gabriela Máxima
Publicado em 16/03/2020 às 11:15
Foto: AFP
Foto: AFP

O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo Teixeira, 72, disse que as investigações do escândalo de corrupção da Fifa, que estourou em 2015 e ocasionou no seu banimento pela entidade que comanda o futebol mundial, foram uma forma de retaliação do ex-presidente norte-americano Bill Clinton.

Isso porque, segundo Teixeira, ele votou no Qatar, e não nos Estados Unidos, para sediar a Copa do Mundo de 2022. Assim, teria virado alvo da Justiça americana. “Eu matei a Copa do Bill Clinton. E eles sabem disso. É vingança, e todo mundo diz que o Clinton é muito vingativo”, disse o ex-cartola, em uma rara entrevista que concedeu à CNN Brasil, canal que estre ou ontem sua programação.

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O ex-mandatário da CBF apareceu abatido e disse ter perdido 60kg de 2013 para cá, depois de passar por um transplante de rim. “Eu tinha 104 (quilos), me pesei e agora estou com 66”, afirmou na entrevista concedida à jornalista Monalisa Perrone.

Além da retaliação de Clinton, presidente de honra da candidatura ao Mundial de 2022 nos EUA, Teixeira disse que foi ameaçado por Joseph Blatter, ex-presidente da Fifa, sobre o voto no Qatar. “Você deve ficar atento, porque você tem propriedade nos EUA, sua filha está estudando lá. Você devia ter cuidado. Como é que você vai votar no Qatar? O que tem o Qatar a ver com você?”, afirmou Teixeira, sobre o que Blatter teria dito. Presidente da CBF de 1989 a 2012, quando renunciou, o carioca de 72 anos foi banido pela Fifa em novembro de 2019, além de ter sido multado em 1 milhão de francos suíços (R$ 4,25 milhões na época).

Acusado por delatores na Justiça dos EUA, entre eles o ex-amigo e empresário J. Hawilla (1943-2018), de ter recebido propina na venda de direitos comerciais da CBF, Teixeira passou a ser investigado em pelo menos quatro países (EUA, Espanha, Uruguai e Suíça). Desde então, não viaja a países que tenham acordo de extradição com o governo americano.

Operado do rim nos EUA em 2013, ele diz não sentir saudades do país. “Zero. Saudade eu tenho de Paris”. Perguntado se sua saída da CBF, três anos antes do estouro do Fifagate, teria sido motivada pela iminência das investigações, Teixeira rebateu a jornalista. “Eu considero a sua pergunta uma falta de respeito. Porque desde o início eu lhe falei o seguinte. Eu saí porque eu estava à morte porque eu tive que fazer um transplante de rim. Ou talvez eu tenha inventado esse transplante também”, declarou.

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