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Comissão Patrimonial do Santa Cruz admite dificuldades com baixa arrecadação

Klisman Gama
Klisman Gama
Publicado em 06/05/2020 às 18:34
RAFAEL MELO/SANTA CRUZ
Santa Cruz vive grave crise política. - FOTO: RAFAEL MELO/SANTA CRUZ

O Santa Cruz não foge à regra quanto às dificuldades financeiras nesta pandemia do novo coronavírus. Como o Tricolor é um clube com poderes independentes, todos estão sentindo o impacto. A Comissão Patrimonial, que cuida do Centro de Treinamento Ninho das Cobras e algumas obras de melhorias no estádio José do Rêgo Maciel e na sede social, vem sofrendo para manter o pagamento de funcionários, enquanto as obras do CT e outras no Arruda estão paradas.

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"Como todo mundo, a Comissão Patrimonial não é diferente. Ela está com muita dificuldade de cumprir seus compromissos, como a folha de funcionários. O Santa Cruz tem um 30 mil metros de estrutura de concreto e precisa sempre de estar sendo feita manutenção. Temos o CT que estamos tendo dificuldades no gramado, porque ele está lá e temos que botar o veneno, cuidar da grama, da estrutura, e isso gera um custo. Com isso, estamos preocupados", comentou o presidente da Comissão Patrimonial do Tricolor, Ricardo de Paula.

Sem confirmar se há atraso nos pagamentos, o dirigente mencionou que "é quase impossível" manter tudo em dia neste cenário. A principal forma de arrecadação da Patrimonial vem do aluguel e manutenção das cadeiras e camarotes no Arruda, além das receitas provenientes delas em dias de jogos. Essa renda vinda das partidas não entra mais e as outras duas tem caído, já que, precisando priorizar outras situações, alguns dos tricolores proprietários de cadeira ou camarote estão atrasando o pagamento. De acordo com Ricardo de Paula, até o momento, o setor conseguiu apenas de 30% a 40% do valor anual que arrecada.

"Manter tudo em dia é quase impossível. Estamos com dificuldade de pagar o básico, todos estão em casa porque a determinação é que não corramos risco. Eles estão recebendo em casa, o pessoal do setor de arrecadação está trabalhando remotamente, pedindo às pessoas que puderam, manter pagamento das suas manutenções de cadeiras e camarotes. Estamos só com 30% a 40% da arrecadação feita do ano. É uma coisa que várias pessoas vão pagando à medida que vão negociando seus débitos e fazendo alguns parcelamentos. Então nesse momento é importante é quem puder não parar o que já assumiu com o clube, seria muito importante para que pudéssemos manter os funcionários recebendo pelo menos o mínimo", pontuou.

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