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Há 10 anos, Uruguai voltava à semi de Copa com Suárez 'goleiro' e cavadinha de Loco Abreu

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 02/07/2020 às 17:49
Loco Abreu cobrou pênalti com cavadinha. Foto: Divulgação/Fifa
Loco Abreu cobrou pênalti com cavadinha. Foto: Divulgação/Fifa

Os memoráveis momentos de Copas do Mundo passam por vários tipos de situações dentro de campo. Imagine juntar vários desses episódios em um só jogo. Nesta quinta-feira (2), a partida entre Uruguai e Gana, pelas quartas de final da Copa do Mundo África do Sul-2010 completa uma década. E naquela partida cheia de reviravoltas, os vizinhos se deram melhor, quebrando um jejum de 40 anos longe das semifinais.

Tudo corria bem e normal, como um jogo que passaria batido nas histórias das Copas. Gana abriu o placar, aos 46 do primeiro tempo, com Sulley Muntari. Aos 9 do segundo tempo, Diego Forlán empatou , em cobrança de falta. A partida continuou empatada e foi para a prorrogação. E foi justamente no último minuto que aquela disputa e quartas de final passou a integrar as memórias dos Mundiais.

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Um bate-rebate na área e um movimento instintivo de Luís Suárez. O atacante fez as vezes de Fernando Muslera, tornando-se goleiro por alguns segundos, e defendeu uma bola com endereço certo nas redes. O ábritro Olegário Benquerença apontou o pênalti e expulsou o jogador. A comemoração no estádio Soccer City, em Joanesburgo, era como se Gana já estivesse na semifinal.

Mas Asamoah Gyan bateu no travessão. Suárez, que ainda se encaminhava para os vestiários, comemorou no corredor. O jogo foi para os pênaltis e chegou a vez de outro jogador sul-americano chamar atenção. Do lado africano, Gyan marcou desta vez e Stephen Appiah também balançou as redes. Muslera fez sua parte e defendeu as cobranças de John Mensah e Dominic Adiyiah.

Forlán, Mauricio Victorino e Andrés Scotti mandaram para o gol. Máxi Pereira perdeu. A última cobrança ficou a cargo de Sebastian "el Loco" Abreu, que havia entrado no segundo tempo de partida. A pressão do estádio não afetou o jogador na época do Botafogo, que já era conhecido pelas cavadinhas na cobrança.

Abreu não teve dúvidas. Com calma, devagar e uma cavadinha no meio do gol, enquanto o goleiro Richard Kingson já estava no chão. E o apelido de "louco" ganhou o mundo. "Estávamos acostumados com as loucuras dele", disse o capitão uruguaio Diego Lugano, em entrevista ao site da Fifa. "Ele é tão maluco quanto é inteligente. Ele estuda adversários e goleiros. É corajoso e espeto", emendou.

Abreu, por sua vez, rejeita o adjetivo. Ele compara com o pênalti cobrado por Zidane na final de 2006. O francês, na ocasião, fez uma cobrança alta, no tempo regulamentar, contra o italiano Buffon. "Que adjetivo você usaria para descrever o pênalti de Zidane? Louco? Não, mágico. Então, por que não Abreu?", disse, também em entrevista à Fifa.

O atacante estava mesmo observando o goleiro adversário e percebeu que ele caia antes do cobrador bater a penalidade. "Normalmente, você está com a adrenalina tão alta que escolhe um lado ou outro, mas eu bati com confiança", emendou. O técnico Oscar Tabarez também rejeita a loucura. "Mostrou classe e qualidade", descreveu.

E, mesmo dez anos depois, os ganeses ainda não perdoaram os adversários. Ou melhor, Luis Suárez. "Para mim, o jogo contra o Uruguai é um jogo que penso que ganhamos", o ex-zagueiro da seleção de Gana John Paintsil, em entrevista à BBC. Os torcedores ainda falam sobre isso no país. "Não posso perdoá-lo porque não foi um acidente", disse Hans Sarpei.

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