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China limitará número de brasileiros naturalizados na seleção

Davi Saboya
Davi Saboya
Publicado em 29/07/2020 às 16:02
Oscar é um dos brasileiros que atua na China. Foto: AFP.
Oscar é um dos brasileiros que atua na China. Foto: AFP.

AFP - A seleção da China limitará a "três ou quatro" o número de jogadores nascidos no Brasil, disse à AFP uma fonte ligada à administração do futebol no país, depois que o meia Oscar (com passagens pelo São Paulo, Internacional e Chelsea) manifestou interesse em fazer parte do time nacional.

A menos que haja uma mudança drástica na política da Fifa, o meia do Shanghai SIPG não poderá vestir a camisa da seleção chinesa, pois já participou de partidas oficiais pelo Brasil, incluindo a Copa do Mundo de 2014.

Mas suas declarações recentes abriram campo para reflexão. "Eu posso pensar sobre isso (jogar pela China) porque ... é difícil para mim voltar à seleção brasileira desde que estou aqui", disse o meia.

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Oscar, transferido do Chelsea para o Shanghai SIPG por 60 milhões de euros em janeiro de 2017 (valor recorde para o futebol asiático), fez referência às convocações dos atacantes brasileiros naturalizados do Guangzhou Evergrande, Elkeson e Aloisio, no ano passado.

Pelo menos mais três brasileiros, todos atacantes, obtiveram ou estão em processo para ter a nacionalidade chinesa para esse fim, segundo vários meios de comunicação.

Mas o secretário-geral da Federação Chinesa de Futebol, Liu Yi, descartou que sua seleção será preenchida com brasileiros para enfrentar o desafio de se classificar para a Copa do Mundo no Catar.

O presidente da China, Xi Jinping, quer que o país se torne uma superpotência do futebol, apesar de seus discretos precedentes, com uma única presença na Copa do Mundo, em 2002, sem nenhuma vitória, nenhum gol marcado e a eliminação na fase de grupos.

"Ficamos um pouco preocupados quando entregamos o passaporte a Elkeson, ou a qualquer outra pessoa", disse Liu em uma das poucas entrevistas concedidas pelo homem forte do futebol chinês.

"Mas o bom é que os torcedores chineses adoram ter alguns jogadores (naturalizados) na seleção, desde que possam fazer melhor pelo time e nos levar à Copa do Mundo" no Catar-2022, declarou.

"Não vejo resistência, honestamente, mas precisamos nos desenvolver. Não é uma estratégia de longo prazo", afirmou.

"Não teremos dois terços das vagas do time ocupadas por  brasileiros, podemos ter dois, três ou quatro jogadores, talvez, mas é só isso."

CORONAVÍRUS

Liu, que fala em inglês e assumiu o cargo em agosto do ano passado, cita Suzhou, uma das duas únicas cidades a sediar partidas este ano desde que o campeonato nacional foi retomado.

A bola voltou a rolar pela Super Liga Chinesa no sábado passado, cinco meses depois de adiamento devido à pandemia da COVID-19.

Como parte de medidas preventivas rigorosas, oito equipes estão alojadas em um único hotel em Suzhou, perto de Xangai, e as outras oito em Dalian. Os jogadores não poderão ver suas famílias durantedois meses.

Dalian tem registrado um pequeno surto de infecções nos últimos dias, com a China registrando 68 novos casos na terça-feira, o número mais alto desde abril.

Liu disse que os primeiros jogos foram "melhores que o esperado", enquanto o pequeno aumento de casos do vírus não teve impacto real.

"Temos mais treze dias de competição, então é apenas o começo", alertou.

Algumas ligas da Europa e Ásia foram retomadas antes do campeonato chinês.

"Nosso governo central, e eu acho que é a coisa certa, é mais cauteloso quando se trata de vida", destacou.

"Somos o primeiro país e Wuhan a primeira cidade a ter um surto do vírus, por isso somos mais cautelosos com o que fazemos, principalmente em relação a eventos esportivos e culturais", indicou.

"Sim, foi mais longo do que todos pensavam, mas acho que valeu a pena. No momento, posso dizer que estamos muito seguros, estamos disputando a competição em um ambiente muito seguro e confortável", disse o dirigente de 48 anos.

Liu disse que o cancelamento da temporada de 2020 nunca foi uma opção, embora a federação chinesa não hesite em suspender uma partida se um jogador ou membro da equipe técnica estiver com o vírus.

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