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Negociação de Messi e a reconstrução do Barcelona

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 02/09/2020 às 19:22
Messi é o quarto atleta a entrar no seleto grupo de bilionários. Foto: AFP
Messi é o quarto atleta a entrar no seleto grupo de bilionários. Foto: AFP

Da AFP - A venda de Messi traria muito dinheiro para o Barcelona, que se encontra em má situação e poderia utilizar esse recurso para iniciar sua reconstrução.

A saída do craque argentino também geraria uma economia aos cofres do clube espanhol de 118 milhões de dólares por ano, valor especulado sobre o salário do craque, muito distante dos 700 milhões de euros (828 milhões dólares) de multa rescisória, que os dirigentes espanhóis sabem que não serão arcados por nenhuma equipe.

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Por outro lado, o clube catalão sente os efeitos da paralisação da temporada de futebol devido à pandemia do coronavírus, que impediu a arrecadação de 236 milhões de dólares nesse período, mesmo montante da dívida acumulada desde 2019, e que contraiu um empréstimo de 165 milhões de dólares com um fundo de investimento dos Estados Unidos para abater parte dessa pendência.

Os torcedores não querem ver o seu ídolo sair, mas a sua transferência pode ser o verdadeiro ponto de partida, a nível econômico e esportivo, do novo Barcelona.

“Amo muito o Messi, mas amo mais o Barça”, anunciou o ex-presidente do Barcelona Joan Gaspart na semana passada na rádio do jornal Marca.

"O clube manda, não o jogador. Se Messi sair por uma quantia inferior à sua cláusula, será uma humilhação maior do que os 8 a 2", goleada sofrida para o Bayern de Munique e que decretou a eliminação da equipe nas quartas de final da Liga dos Campeões.

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Messi, duas vezes Neymar

A estrela argentina recebe um salário anual bruto de mais de 118 milhões de dólares brutos, conforme revelado pelo 'Football Leaks' em 2018. É quase o dobro do que ganha Neymar, que em 2017 foi transferido por 262 milhões do Barça para o PSG, clube que paga a ele cerca de 61 milhões de dólares brutos por ano.

"Negocie, concorde, sorria", pediu  jornalista especializado no Barcelona, Xavier Bosch, no jornal Mundo Deportivo na terça-feira, ao exigir que todos "ajam com inteligência".

"O Barça teve uma massa salarial muito elevada, os gastos com pessoal na temporada (2018-2019) chegaram a 542 milhões de euros (641 milhões de dólares), e uma grande parte foi consumida por Leo Messi e Luis Suárez" , revelou à AFP o economista Juan María Gay de Liébana, especialista em economia do futebol e do Barcelona.

"Deve-se levar em conta que entre os grandes clubes europeus, o Barça é aquele com maior volume de negócios, e com maior volume de marketing (merchandising, comercial ...), estamos falando de um volume de negócios total de 854 milhões de euros (mais de um bilhão de dólares). Então, claro, a saída de Leo Messi influencia negativamente nos números do Barça", acrescenta o especialista.

Sem Messi, os contratos de patrocínio do Barça (65,7 milhões de dólares por ano com a Rakuten, 22,7 milhões de euros por ano com Beko), poderiam ser amplamente revistos para baixo, segundo o economista.

Uma folha em branco

A saída do argentino (combinada com a possível transferência de Luis Suárez, que não está nos planos do técnico Ronald Koeman, segundo a imprensa) significaria uma redução na receita do Barça, mas aliviaria consideravelmente a massa salarial do clube.

Com 118 milhões de dólares a mais por ano em caixa e sem uma estrela que ofusque o resto do elenco, o Barça de Koeman pode começar sua reconstrução sem amarras, poucas semanas depois de ter atingido o fundo do poço na humilhante derrota para o Bayern.

Com as frustrações geradas por contratações caras e que não deram retorno (como Ousmane Dembélé, por 163 milhões de dólares em 2017, Philippe Coutinho, por 171 milhões de dólares em 2018, e Antoine Griezmann, por 141 milhões de dólares em 2019), o clube pode partir para a ofensiva levar um ou dois jogadores para o ataque, e reforçar as laterais, seus objetivos imediatos.

Além disso, Koeman poderia começar seu ambicioso projeto a partir de uma folha  branco e sem a sombra de Messi.

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