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Inglaterra adia retorno de público aos estádios por aumento de casos de covid-19

Gabriela Máxima
Gabriela Máxima
Publicado em 22/09/2020 às 12:04
AFP
Liverpool e Real Madrid se enfrentam na grande decisão da Champions League - FOTO: AFP

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O primeiro-ministro britânico Boris Johnson anunciou nesta terça-feira que a volta do público aos estádios não começará no início de outubro, conforme planejado. A governo voltou atrás da decisão após o ressurgimento de novos casos do coronavírus no país. “Devemos reconhecer que a propagação do vírus afeta nossa capacidade de reabrir conferências econômicas, exposições e eventos esportivos”, afirmou.

“Portanto, não poderemos fazer isso no dia 1º de outubro e estou ciente do que significa para os nossos clubes esportivos, que são a vida e a alma das nossas comunidades. O Ministro da Economia e o Secretário de Estado da Cultura estão trabalhando com urgência no que pode ser feito para apoiá-los", acrescentou.

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O ministro de Estado, Michael Gove, havia anunciado horas antes que uma "reabertura em massa" dos estádios não seria adequada, apesar das dificuldades econômicas no ambiente esportivo devido à crise econômica provocada pela pandemia de covid-19.

"Um programa por etapas para o retorno das pessoas estava em estudo, não era uma questão de ter os estádios lotados", explicou Gove, um dos ministros mais próximos de Johnson, na BBC. “O que queremos é que, quando as circunstâncias permitirem, as pessoas possam voltar”, destacou.

No dia 11 de setembro, a Premier League anunciou que não participaria dos testes para o retorno dos torcedores às arquibancadas desde que fossem limitados a 1.000 pessoas, por considerá-los insuficientes. O aumento do número de casos de covid-19 forçou a criação de um quadro mais rígido para 'jogos-teste', principalmente no futebol, e a limitar a 1.000 pessoas que podem acompanhar nestes eventos, um cenário que não satisfaz aos clubes ingleses.

Vários jogos-teste agendados para os próximos dias, especialmente o rúgbi, foram cancelados ou serão disputados a portas fechadas. Os dirigentes esportivos de mais de 100 clubes alertaram Boris Johnson sobre as perdas econômicas devido à falta de lucro na venda de ingressos, solicitando socorro emergencial.

O diretor esportivo da Premier League, Richard Masters, falou na terça-feira sobre uma situação "crítica".

Downing Street anunciou nesta terça-feira novas restrições para combater a pandemia, incluindo o fechamento de bares e restaurantes a partir das 22h (17h de Brasília), além de promover o teletrabalho.

O Reino Unido é o país mais atingido na Europa, com mais de 42.000 mortes. Atualmente, o número de contaminações "dobra a cada sete dias", disse o assessor científico do governo Patrick Vallance.

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