Com a primeira fase da Série C do Brasileiro caminhando para a sua reta final - restam sete rodadas -, o técnico Marcelo Martelotte tem aproveitado a vantagem de oito pontos para o quinto colocado (Jacuipense) para rodar o elenco e dar oportunidade a vários jogadores. Tanto que, desde que assumiu o Santa Cruz, o treinador ainda não repetiu nenhuma escalação - em alguns casos, foi forçado a mexer por motivos de lesão e suspensão. E, contra o Botafogo-PB, no próximo domingo (25), às 18h, no estádio do Arruda, pela 12ª rodada da Terceirona, o comandante coral vai mais uma vez modificar a formação da equipe tricolor. Além da entrada do zagueiro William Alves na vaga de Célio Santos (suspenso), Martelotte também pode escalar um meio de campo que é considerado o ideal para encarar as partidas decisivas, com o quarteto sendo formado por: Bileu, Paulinho, Chiquinho e Didira, atletas mais experientes e acostumados a jogos grandes.
Nascidos em 1989, os três primeiros citados acima acumulam no currículo passagens por grandes clubes, com conquistas de títulos e acessos ao longo da carreira. O mesmo acontecendo com o meia Didira, um ano mais velho que os companheiros (32), e que acumula duas subidas de divisão com o CSA (2017, da Série C para a B, e 2018, da B para a A), que é o principal objetivo do Tricolor do Arruda na temporada. Experiência e qualidade técnica que, segundo Paulinho, serão fundamentais para ajudar o Santa Cruz a obter êxito na Série C. "Já atuamos juntos em alguns jogos. Ainda temos o André, que apesar de ser jovem, tem qualidade técnica. Mas claro que jogando ao lado de grandes jogadores, experientes e que têm seus atalhos no campo, acaba facilitando bastante. A bola não queima no pé e isso ajuda muito para que fiquemos com a bola e corra menos atrás do adversário e, consequentemente, a gente chegue mais fácil ao gol adversário", explicou Paulinho.
Apesar de o volante ter citado o jovem André, a tendência é que Marcelo Martelotte opte pela manutenção do experiente Bileu no time titular, já que o prata da casa tem oscilado nas últimas rodadas e vem caindo de rendimento. "Temos um meio de campo muito experiente, com jogadores que rodaram por grandes clubes. Creio que a fase que estamos vivendo é muito boa e dá confiança para todo o elenco. Quem entra e está participando dos jogos, já entra confiante e sabendo que pode tocar a vola para qualquer um ali do meio que eles não vão se afobar com a bola no pé ou perder a bola à toa. Todos sabem a história de todos... Paulinho, Didira, Chiquinho e Tinga também, que tem entrado bem, são caras experientes e não têm medo de errar. Por isso que as coisas estão dando certo", declarou Bileu.
FORÇA JOVEM
Com Chiquinho recuperado de lesão e tendo a semana livre para se condicionar fisicamente, o treinador coral tem o quarteto à disposição para mandar a campo. Entretanto, os meio-campistas mais experientes do elenco reconhecem a importância dos atletas mais jovens ao longo da temporada. "Os meninos mais novos também estão entrando vem e ajudando a equipe. Estão entrando bem concentrados e nos ajudando bastante no decorrer da competição. Muitas vezes ganhamos jogos com pessoas que estão saindo do banco, que entram concentrados e sabendo o que tem de fazer em campo", frisou Bileu, que perdeu a vaga de titular para André após o fim da paralisação do futebol por conta da pandemia do novo coronavírus, mas que está recuperando o seu espaço com a chegada de Martelotte.
"O importante é está no time titular. Temos jogadores de qualidade na posição, com todos sempre querendo jogar, brigando de forma sadia por posição e, pra mim, quem ganha com isso é o Santa Cruz", afirmou Paulinho. "Isso mostra a força do nosso elenco. Estamos mostrando isso desde o início do ano, com apenas quatro derrotas até aqui. Temos jogadores de qualidade e isso aumenta a competitividade. Quem está jogando precisa sempre se doar mais, porque quem está no time de baixo sempre que entra está mostrando que está pronto para dar conta do recado", finalizou.