Presidente do Barcelona defende Superliga, mas pede diálogo
AFP - O presidente do Barcelona, Joan Laporta, voltou a afirmar nesta quinta-feira (22) numa curta entrevista sobre a "necessidade" de criar uma Superliga Europeia, embora estivesse aberto a um "diálogo com a Uefa". "Temos uma posição de prudência, (mas) entendemos que é uma necessidade", declarou Laporta à emissora de televisão TV3 durante uma visita ao torneio de tênis de Barcelona.
"Estamos sempre abertos ao diálogo com a Uefa (...) penso que haverá harmonia institucional", insistiu o presidente, eleito diretamente pelos sócios-torcedores da equipe espanhola no início de março. Esta é a primeira declaração pública do dirigente do Barça desde o anúncio na noite da criação da Superliga Europeia, um torneio independente proposto por doze grandes clubes europeus.
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No entanto, em apenas dois dias a iniciativa fracassou com a desistência da maioria dos membros fundadores e devido a uma forte rejeição de entidades esportivas, torcedores, imprensa e governos. “Surgiu uma série de pressões que fez com que alguns clubes se retirassem ou passassem a ter um outro olhar. Mas o fato dessa proposta ter sido feita continua existindo”, argumentou o dirigente de 58 anos.
“São necessários mais recursos porque fazemos investimentos muito consideráveis, pagamos salários muito altos ... E se queremos que o futebol seja um espetáculo pelo mérito esportivo, para manter esse nível de qualidade, é preciso levar isso em consideração, e é isto que estamos apresentando", continuou.
Em qualquer caso, Laporta indicou que a adesão do clube catalão a uma eventual Superliga deve ser ratificada pelos membros do clube. Por sua vez, o presidente do Real Madrid e primeiro presidente da Superliga, Florentino Pérez, declarou na véspera que o projeto estava "pausado". Das doze equipes fundadoras, os seis times ingleses abandonaram o projeto na noite de terça-feira, seguidos na quarta pelo Atlético de Madri e Inter de Milão.