Diógenes Braga diz que arbitragem de fora não traz tranquilidade ao Náutico, mas sim o uso do VAR

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Lucas Holanda

Publicado em 04/05/2021 às 11:48
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Vice-presidente do Náutico, Diógenes Braga revelou que o clube vai optar pelo uso do árbitro de vídeo em seus jogos restantes como mandante no Estadual, e não com a arbitragem de outro estado. Em entrevista ao comentarista Ralph de Carvalho, da Rádio Jornal, o dirigente alvirrubro afirmou que o Timbu não sente tranquilidade nos árbitros de fora, mas sim no VAR. Além disso, Diógenes citou os jogos da decisão de 2019, entre Sport e Náutico, onde ele afirmou que o Alvirrubro foi prejudicado nos duelos, que contaram com arbitragem de outros estados nas duas partidas: nos Aflitos e Ilha do Retiro.

"Os erros de arbitragem têm sido recorrentes. Essa solicitação de arbitragem de fora que ocorreu por parte de alguns times é por conta disso. Só que na nossa visão o árbitro de fora por si só não traz segurança. A gente tem na nossa memória o que aconteceu na final de 2019, onde o primeiro jogo a gente perdeu em casa com um gol irregular, e no segundo jogo jogo a gente venceu por 2x1 e o gol do adversário foi com um pênalti inexistente. A gente defendia o nosso campeonato e buscávamos o bicampeonato", afirmou.

"Então o árbitro de fora não traz tranquilidade para a gente. O que traz tranquilidade é o VAR. A gente entende que o VAR, até pelo fato de poder se fazer o VAR remoto, ele traz uma condição de maior tranquilidade, apesar de alguma limitação que o VAR tenha. Mas ele traz uma possibilidade de correção de erro", completou Diógenes.

No momento, apenas os dois jogos da final estão com a presença garantida do árbitro de vídeo. No entanto, a Federação Pernambucana de Futebol ainda está na busca de recursos para colocar o recurso também nas semifinais. Procurado pela FPF, o Náutico escolheu ter o uso do VAR nos seus jogos e contar com arbitragem local.

"Foi nos colocado pelo presidente da Federação a possibilidade de optar por arbitragem de fora ou pelo VAR, visto que não seria possível se optar pelos dois, até porque para se fazer arbitragem de fora mais o VAR seriam mobilizadas duas equipes de arbitragem: uma aqui e uma no VAR, e isso não seria possível. Entre arbitragem de fora e o VAR, optamos pelo VAR", finalizou Diógenes Braga.

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ARBITRAGEM VEM GERANDO POLÊMICA

No último domingo, aliás, houve polêmica de arbitragem no clássico entre Sport e Náutico, vencido por 3x0 pelos Rubro-Negros. No escanteio que originou o primeiro gol leonino, os alvirrubros reclamam que a bola não bateu em Ronaldo Alves antes de sair e, por conta disso, a marcação do canto foi irregular. Na coletiva após o clássico, inclusive, o técnico Hélio dos Anjos disse que os árbitros locais não tinham condição de apitar a fase final do Estadual e que o Náutico deveria solicitar arbitragem de fora nos jogos restantes. No entanto, como disse Diógenes, o Timbu preferiu contar com o VAR.

Antes do clássico, Sport e Retrô já tinham solicitado arbitragem de fora em alguns jogos, o que fez os árbitros locais ficarem na bronca com esses dois clubes.

Segundo Evandro Carvalho, presidente da FPF, todos os clubes, com exceção do Sport que ainda não se manifestou sobre o assunto, preferem ter o VAR do que arcar com os custos de arbitragem de fora. O valor para ter árbitros Fifa ou de outros Estados gira em torno de R$ 30 mil.

“Nós conseguimos, fechamos patrocínio, para ter o VAR (na final), mas ele não ocorrerá se houver arbitragem de fora. O clube tem que optar entre arbitragem FIFA ou ter o VAR. Já expliquei aos clubes, todos já disseram que preferem árbitro de vídeo remoto. o Sport ainda não se manifestou”, disse Evandro. O presidente acrescentou ainda que, caso o Leão prefira a arbitragem de outro estado, então na partida em que ele for o mandante, não haverá o árbitro de vídeo.

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