Ameaças ao presidente e pichações no Lacerdão: Revolta após queda do Central para Série A2 do Pernambucano

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LOURENÇO GADÊLHA

Publicado em 18/05/2021 às 16:51
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Após o rebaixamento do Central para a Série A2 do Campeonato Pernambucano, os muros do estádio Luiz José de Lacerda - o Lacerdão - foram pichados por torcedores insatisfeitos com a diretoria do clube, em especial, o presidente Alexandre César Leite, principal alvo das críticas e xingamentos. E a revolta não parou por aí. De acordo com o repórter Berg Santos, da Rádio Jornal Caruaru, o mandatário alvinegro também recebeu ameaças da torcida para renunciar ao cargo. Com a queda, a Patativa jogará à segunda divisão do Estadual em 2022. 

A derrota por 2x0 para o Vitória das Tabocas em pleno Lacerdão, nessa segunda-feira (17), consolidou o rebaixamento do Central. O clube alvinegro precisava vencer e torcer por um tropeço do Sete de Setembro diante do Retrô, que não aconteceu, já que o Lobo-guará venceu por 1x0. Ainda assim, um triunfo em Caruaru serviria ao menos para terminar a competição de forma honrosa, fato que também não se concretizou. A Patativa terminou o quadrangular do rebaixamento na lanterna com apenas um ponto somado em três jogos. Além de perder para o Vitória, também foi derrotado pelo Retrô e empatou com o Sete de Setembro.

Finalista do Pernambucano em 2018, quando foi vice-campeão ao perder para o Náutico, o Central é rebaixado para Série A2 depois de 16 anos seguidos na elite do futebol Estadual. A última vez que a Patativa jogou a segunda divisão foi no ano de 2005, quando subiu ao lado do Estudantes Sport Club, de Timbaúba, na Zona da Mata Norte. Caso o Porto não suba de divisão no segundo semestre, a cidade de Caruaru corre o risco de ficar sem um representante na Série A1 na próxima temporada.

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Agora ex-técnico do Central, Elenilson Santos falou sobre a queda da Patativa para a Segundona do Estadual. "Quando cheguei aqui, olhei algumas informações com o pessoal da comissão e logo depois da estreia, quando a gente venceu o o Vitória, falei da necessidade de trazer no mínimo seis atletas para fortalecer o elenco, até porque essa situação já vinha sendo cobrada desde o início. Então assim, era uma tragédia anunciada, né? Me passaram que o clube não tinha condições de fazer essas contratações devido a questão financeira. Então a gente teve que continuar o trabalho com esse elenco que até hoje não respondeu. Desde a primeira rodada que esse elenco ficou devendo", desabafou.

Na temporada, o Central teve como técnico Nenê Vanucci , que deixou o clube há poucos dias antes da estreia no Pernambucano, Catende, que é auxiliar técnico e segurou as pontas interinamente,  Pedro Manta, que foi contratado para fazer uma reformulação, mas foi demitido com apenas três jogos e Elenilson Santos, que chegou por último para tentar salvar a Patativa. Sem sucesso, o técnico deixou o clube. Além disso, o Comitê Gestor do Central, que estava responsável por administrar o clube, foi desfeito. Por fim, a assessoria de comunicação também entregou o cargo. Tudo isso há poucos dias do início da Série D do Brasileiro, que tem a fase preliminar prevista para acontecer no final de maio. O clube caruaruense estreia apenas na fase principal, ainda sem data definida.

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