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Os grandes cobradores de falta do futebol pernambucano. Lembre alguns deles

Golaço de Jean Carlos na vitória do Náutico sobre o Brasil-RS é uma raridade no futebol atual, Em Pernambuco, muitos desses jogadores fizeram história.

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Marcelo Cavalcante

Publicado em 22/07/2021 às 18:50 | Atualizado em 22/07/2021 às 19:36
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O golaço que Jean Carlos marcou na vitória do Náutico sobre o Brasil-RS, por 2x1, nos Aflitos, é algo tão raro de se ver no futebol pernambucano. Uma pena. Plasticamente, da forma como o maestro alvirrubro bateu na bola e fez o goleiro se espichar sem sucesso, é bonito para os olhos. Sem falar que, por muitos e muitos anos, os clubes sempre tinham um cobrador de falta para se chamar de seu. Hoje, paradoxalmente, é uma raridade ver um desses exímios batedores em solo pernambucano. Jean Carlos é uma raridade. 

Essa escassez é algo paradoxal. Porque numa época em a marcação está falando mais alto nos jogos, a bola parada é, sem dúvida, uma arma fatal para derrubar retranca. Resolvemos  fazer uma lista dos últimos grandes batedores que já passaram no futebol pernambucano. Aquele que a torcida fica esperando uma infração acontecer para vê-lo bater na bola com jeito especial e deixar o goleiro tremendo de medo. 

Éder - Quando o Sport anunciou a sua contratação, em 1987, a torcida enlouqueceu. O Canhão da seleção brasileira de 82 com a camisa do Leão era algo que chamou a atenção do Brasil. Éder só disputou o campeonato pernambucano daquele ano, mas meteu medo nos goleiros. Na final contra o Santa Cruz, mandou dois balaços no travessão em cobranças de falta que balança até hoje. 

Paulo Leme -  Meia de grande categoria que veio do interior paulista para vestir a camisa do Náutico em 1993. Chegou como desconhecido, mas mostrou inteligência para armar as jogadas ofensivas. Mas as suas cobranças de falta era algo que fazia a torcida alvirrubra muito feliz. Parecia que mandava a bola com as mãos para dentro do gol. Ele teve uma rápida passagem pelo Santa Cruz, mas não teve o mesmo sucesso. 

Amarildo - Zagueirão que jogou pelo Santa Cruz em 1995. Tinha um verdadeiro canhão nos pés. Gostava mais de cobrar faltas de longa distância. A bola ia com tanta força que ia zunindo até estufar as redes. Foi deles um dos gols da vitória sobre o Náutico, por 2x0, que valeu a conquista do título estadual daquele ano. 

Sandro - Outro zagueirão que também, entre os pés, um verdadeiro torpedo. Foi revelado pelo Sport, chegando a fazendo belos gols, chamando atenção da imprensa, o colocando como um dos maiores "canhões" do futebol brasileiro. Tanto que foi contratado pelo Santos e Botafogo, onde é ídolo, deixando também sua marca de grande cobrador de falta. De volta a Pernambuco, Sandro vestiu a camisa do Santa Cruz, onde também mostrou sua qualidade nos tiros de longa distancia. 

Adriano - Chegou do São Paulo para o Náutico em 1999. Foi o dono do time. Jogou demais. Quando a bola chegava nos seus pés, algo acontecia. Seja deixando os companheiros na cara do gol ou ele mesmo balançando as redes. Nas cobranças de falta, batia colocado, cheio de efeito. Ganhou o apelido de Mister N, porque usava uma máscara em referência ao personagem da TV Mister M, que entregava os segredos dos mágicos. Num clássico contra o Sport, fez o gol da vitória por 1x0. Ao comemorar, teve sua máscara tomada da sua mão pelo então zagueiro Wilson Gotardo, do Leão. 

Marcelo Passos - Chegou no Náutico em 2001, vindo do Santos. Na Vila Belmiro, os passes precisos, visão de jogo e batida na bola chamavam a atenção. Nos Aflitos, não foi diferente. Suas faltas eram impressionantes. Mandava a bola onde queria. Passos começou bem no Timbu, mas saiu de forma conturbada. Foi para o Sport, onde reviveu a mesma situação: começou bem e saiu mal. 

Jean Carlos - Está jogando muito bola no Náutico de hoje. É o maestro e o motor do time. Organiza as jogadas, faz a transição, bate escanteios e faltas. E com êxito. A batida na bola na vitória sobre o Brasil-RS foi de uma categoria incrível. Foi na gaveta. O goleiro se esticou todo e nada viu. Golaço e a confirmação de que o Náutico tem um exímio cobrador de falta. 

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