Zagallo completa 90 anos e ganha várias homenagens, inclusive de Pelé; confira
"O Velho Lobo" esteve por quase meia década ligada à seleção brasileira
Da Redação, com informações da site da CBF
Um dos personagens mais marcantes do futebol brasileiro, Mário Jorge Lobo Zagallo completa 90 anos nesta segunda-feira (9). Alagoano de Atalaia, "O Velho Lobo" esteve por quase meia década ligada à seleção brasileira. Do título da Copa do Mundo de 1958, na Suécia, passando, entre outras conquistas, como o tri no México em 1970 como treinador, até a campanha como coordenador técnico da Canarinho em 2006, na Alemanha, ele viveu incontáveis emoções, em uma relação repleta de grandes vitórias, títulos e momentos inesquecíveis.
> Zagallo é vacinado contra a covid-19 e comemora: 'A primeira dose já foi'
Companheiro em campo nas Copas de 1958 e 1962 e jogador de Zagallo na histórica campanha do tri no México, Pelé prestou homenagem nas redes sociais. "Nós já fomos companheiros de time. Já fomos adversários. Já fui seu jogador e você meu treinador. Mas acima de tudo, sempre fomos grandes irmãos. Você é um líder, um mentor, um ídolo e acima de tudo, um amigo com o coração imenso, que o futebol brasileiro jamais irá esquecer. Feliz aniversário, @zagallooficial!".
O pernambucano Ricardo Rocha, tetracampeão em 1994 quando Zagallo foi coordenador técnico, também falou sobre ele. "O maior vencedor da história do futebol, uma fonte de inspiração e de conhecimento, eu sou muito grato por ter tido um convívio tão incrível com o senhor. Feliz aniversário! Muita saúde sempre! Que Deus te abençoe muito!".
HISTÓRIA
Alagoano, Zagallo nasceu no município de Atalaia, mas mudou-se ainda jovem para o Rio de Janeiro. Iniciou sua carreira nas categorias de base do América.
Já consolidado como um dos destaques do Flamengo, foi convocado para a disputa da Taça Oswaldo Cruz em 1958. Depois de faturar o título, ele foi com o grupo da seleção brasileira para a Copa do Mundo da Suécia, no mesmo ano. Esteve em campo em todas as seis partidas do Brasil na competição e fez um dos gols na vitória por 5x2 sobre a Suécia na final.
Quatro anos mais tarde foi novamente fundamental na conquista da Copa do Mundo de 1962, no Chile, principalmente com a lesão de Pelé ainda na primeira fase.
Já como técnico, após a conturbada saída de João Saldanha, teve coragem e ousadia para deixar suas marcas na seleção brasileira, que teve 100% de aproveitamento com Saldanha nas Eliminatórias. Brito entrou na zaga ao lado de Piazza, improvisado na posição. Clodoaldo se firmou como titular, Rivellino entrou no lugar de Edu e Tostão foi mantido no time, mesmo com Pelé e Jairzinho ao lado dele.
O resultado foi uma campanha irrepreensível durante o Mundial. Foram seis vitórias em seis jogos, 19 gols marcados, apenas sete sofridos e o tri conquistado nos gramados mexicanos após o 4x1 sobre a Itália.
COORDENADOR
No ciclo para a Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, o Velho Lobo chegou para uma função diferente. Seria o coordenador técnico da comissão chefiada por Carlos Alberto Parreira. Sua experiência, conhecimento e liderança foram fundamentais para a seleção, que encarou o desafio de interromper um jejum de 24 anos sem a conquista de um título de Copa do Mundo.
Ao fim da Copa do Mundo e do tetra, Parreira deixou a seleção brasileira e Zagallo foi escolhido para ser técnico do time pela segunda vez na carreira.
No comando da seleção, o Velho Lobo ficou por todo o ciclo até a Copa do Mundo de 1998, sua terceira como treinador da Canarinho. O Brasil perdeu a final para a França, dona da casa.
Zagallo não teve que esperar tanto para retornar à seleção brasileira. Após sucessivas trocas de comando, Felipão conduziu o Brasil na Copa do Mundo de 2002 e conquistou o pentacampeonato na Coreia do Sul e no Japão. Depois do título, a CBF acertou o retorno da dupla que ficou marcada pela conquista do tetra nos Estados Unidos. O ciclo para a Copa do Mundo de 2006 foi comandado por Carlos Alberto Parreira, como treinador, e Zagallo, mais uma vez como coordenador técnico.