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Caruaru City conta as horas para estrear na Série A2 do Campeonato Pernambucano

Time que nasceu em 2015 entra na disputa do Estadual com estrutura profissional. Será que vai ser o novo representante digno que tanto a cidade precisa?

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Marcelo Cavalcante

Publicado em 09/08/2021 às 16:22 | Atualizado em 09/08/2021 às 16:24
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O que falta para Caruaru ter um clube de futebol com representatividade, que faça boas campanhas no cenário estadual, que esteja em alguma divisão do futebol brasileiro com força para disputa acesso? Falamos na Capital do Agreste por, durante muitos e muitos anos, o Central era a quarta força do futebol pernambucano. O Porto também viveu momentos de glórias. Poucos, mas mostrou estrutura, revelou bons jogadores.

Só para lembrar, em 1986, quando o Campeonato Brasileiro era uma verdadeira bagunça, a Patativa conseguiu acesso à Série A. E fez história: venceu o Flamengo, de Aldair, Mozer, Bebeto e cia, por 2x1, em Caruaru. Em 1995, eliminou o Santa Cruz e chegou no quadrangular final da Série B do Campeonato Brasileiro, com time dirigido por Ivan Gradim. O Porto, conhecido como Gavião do Agreste, chegou a decidir título com o Sport, em 1997 e 1998. O Central, hoje, disputou a Série D se arrastando (graças a desistência do Salgueiro). E o Porto... ninguém sabe, ninguém viu.

Quem dá sinais de profissionalização é o Caruaru City. O clube foi fundado em 2015 e apenas cinco anos depois se filiou à FPF. Está treinando forte no CT Ninho do Gavião, de propriedade do Porto, para a disputa da Série A2 do Campeonato Pernambucano. O sonho não poderia ser outro: conquistar uma das vagas na elite do futebol do Estado e, quem sabe, fazer mais bonito do que Porto e Central.

Foram contratados 14 jogadores. Em todo o elenco, o Caruaru City conta com atletas com média de idade de 25 anos, e atuações recentes nos Campeonatos Pernambucano da Série A1 e A2, inclusive tendo conquistado o acesso e o título da competição. A referência é o meia-atacante Candinho, que subiu com Retrô em 2019 e se destacou pelo Afogados, em 2020, fazendo um dos gols da classificação contra o Atlético-MG, na Copa do Brasil. A equipe também tem o seu Everton Felipe, revelado pelo Sport. É um homônimo ao que chegou na Ilha do Retiro com direito a festa no aeroporto. A comissão técnica é composta por cinco profissionais, além de um gestor de futebol, Fábio Lins, com recente passagem pelo Náutico.

O Caruaru City, que tem o Leopardo como mascote, chega para disputa do Campeonato Pernambucano reforçado fora de campo. São 12 parceiros/patrocinadores para garantir oxigênio para disputa. Se terá vida longa (e espera-se que sim), não sabemos. Mas é um bom começo.

Vejo a cidade de Caruaru carente de um clube de futebol. Além de ter uma boa estrutura e ser perto de Recife, a Capital do Agreste tem torcedores que amam futebol. Basta dar uma volta na cidade e perceber a quantidade de torcedores que não tem o Central como segundo clube. Mas sim, como primeiro. Se a Patativa no cenário em que se encontra ainda tem seus torcedores que vestem a camisa e empunham a bandeira, o que dizer se estivesse fazendo um bom papel e com o mínimo de estrutura e organização? Esperamos que o Caruaru City faça bom papel e abra os olhos da sociedade caruaruense.

Em tempo: O Leopardo está no grupo B do Campeonato Pernambucano da Série A2 e estreia no dia 5 de setembro, contra o Pesqueira, no Estádio Antônio Inácio de Souza, em Caruaru. Completam o grupo Barreiros, Petrolina, 1º de Maio, Serrano e Ypiranga.

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