Danilo afirma que argentinos 'sabiam das regras' e pede que Fifa atue com justiça
"Todo mundo sabe que os quatro jogadores da Argentina atuam na Inglaterra", disse o jogador.
O lateral-direito Danilo foi o jogador da seleção brasileira escolhido para falar sobre o jogo com o Peru, quinta-feira, pelas Eliminatórias Sul-Americanas, neste feriado. Mas, o duelo do Recife ficou em segundo plano e ele acabou respondendo mais sobre a polêmica envolvendo a suspensão do jogo com a Argentina, domingo, na Neo Química Arena. E não se esquivou. Garantiu que os rivais sabiam das regras sanitárias e deviam tomar outra postura e cobra justiça na decisão da Fifa. Ao mesmo tempo, pede para a equipe nacional "virar a página" e esquecer o ocorrido.
Os argentinos se defendem falando que não foram notificados sobre a impossibilidade de Buendía, Martínez Romero e Lo Celso adentrarem o Brasil, tampouco serem escalados. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rebate, acusando-os de falsificarem documentação na chegada ao País e de "fugirem" no treino e na concentração. A CBF garante que notificou a AFA com 40 horas. Danilo, portanto, não teve dúvidas em culpar os hermanos pela polêmica.
"Todo mundo sabe que os quatro jogadores da Argentina atuam na Inglaterra. Todo mundo sabe das regras do Reino Unido para chegar ao Brasil. Não era segredo para ninguém", disparou o lateral.
Sobre a possibilidade de o jogo terminar com W.O, o lateral diz que a opinião dele é indiferente, mas clama por Justiça da Fifa. "Todos os órgãos responsáveis têm as indicações, as provas, para que seja tomada a melhor decisão. Tem de cumprir a regra, a lei, tudo o que tiver escrito no papel tem que ser cumprido, fazendo justiça."
Seguindo a mesma linha do goleiro rival Romero, um dos que não poderia estar campo, que falou em favoritismo da sua seleção à vitória, Danilo também enfatizou a vontade grande de ganhar do Brasil o clássico.
"Estávamos com muita vontade, muito concentrados para jogar. Mas foi uma situação que não tínhamos interferência, nem opção de poder mexer. Temos que focar no que temos opção, que são nos treinos e jogos", ponderou. "Não tínhamos sentimento de que o jogo não aconteceria. Sempre tivemos na cabeça a convicção de que aconteceria a partida."
O jogador espera que o assunto seja deixado para as autoridades, pelo bem da seleção brasileira, que não pode deixar nada interferir no seu trabalho, até então perfeito nas Eliminatórias, apenas com vitórias.
"A preparação para o jogo com a Argentina é especial, individualmente cada um se prepara psicologicamente de forma diferente. Tínhamos mais motivação de jogar, mas são situações inusitadas que têm de passar a página e pensar no Peru."