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Djokovic se prepara para defender permanência no Aberto da Austrália

A luta de Djokovic para reverter o cancelamento de seu visto e sair de sua detenção em um centro migratório de Melbourne terminará nesta segunda-feira (10) em uma audiência online em um tribunal

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AFP

Publicado em 09/01/2022 às 12:12
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O número um do tênis mundial, Novak Djokovic, prepara neste domingo (9) suas armas legais para permanecer em Melbourne e defender seu título no Aberto da Austrália, ao argumentar que cumpre com os requisitos por ter dado positivo à covid-19 em dezembro.

A luta de Djokovic para reverter o cancelamento de seu visto e sair de sua detenção em um centro migratório de Melbourne terminará nesta segunda-feira (10) em uma audiência online em um tribunal federal.

O sérvio permanece isolado no antigo Park Hotel, um prédio de cinco andares que abriga cerca de 32 migrantes presos no rígido sistema migratório australiano, alguns durante anos.

Ninguém além da equipe pode entrar ou sair.

Um grupo de manifestantes se reuniu na manhã deste domingo na rua em frente ao abrigo, onde centenas de seguidores de Djokovic, ativistas antivacinas e defensores dos migrantes se manifestaram um dia antes.

Com a aproximação do início do Aberto da Austrália em 17 de janeiro, qualquer atraso poderia complicar a aspiração do tenista de 34 anos de ganhar sua décima coroa em Melbourne e seu 21º torneio Grand Slam.

O juiz Anthony Kelly indicou que a audiência aconteceria na segunda-feira (10) às 10h00 (20h00 de domingo no horário de Brasília) e negou o pedido do governo de adiá-la para quarta-feira.

Os advogados de Djokovic apresentaram no sábado um documento de 35 páginas no qual argumentaram que o visto foi cancelado equivocadamente e que deveria ser restituído para que o jogador possa competir.

Afirmaram que o teste PCR de Djokovic que deu positivo em 16 de dezembro de 2021 cumpre com os critérios para deixá-lo isento da vacina contra a covid-19, de acordo com as normas australianas.

A organização Tennis Austrália concedeu a ele uma isenção para participar do torneio depois que sua solicitação foi aprovada por dois comitês médicos independentes, disseram seus advogados.

No entanto, o governo australiano insiste que o teste de uma infecção recente de covid-19 permite conceder isenção apenas para residentes e não para estrangeiros que desejam entrar no país.

A Austrália ainda restringe a entrada de estrangeiros e aqueles que recebem autorização devem ter a vacinação completa ou contar com uma licença médica.

Apesar de Djokovic alegar que deu positivo para o vírus em 16 de dezembro, fotos compartilhadas pela federação de tênis de Belgrado mostram o jogador em um evento para jogadores jovens nessa cidade em 17 de dezembro.

A organização relatou que o tenista entregou troféus e prêmios aos participantes. Nenhum deles aparece usando máscara.

Djokovic também compareceu a outro evento em 16 de dezembro, o dia do teste, quando o serviço de correios sérvio lançou uma série de selos em sua homenagem.

Os advogados do tenista argumentaram que ele enfrentou um "processo injusto" porque os agentes fronteiriços australianos detiveram-no por oito horas no aeroporto de Melbourne, quase sempre "incomunicável".

Outra tenista que ia para o Aberto da Austrália, a tcheca Renata Voracova, também teve seu visto cancelado depois que inicialmente foi permitida a entrar no país, confirmou o governo de seu país.

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