Pietro Fittipaldi? Haas decide quem será o substituto de Mazepin no Bahrein
Após saída de Nikita Mazepin, equipe americana busca um novo piloto

A temporada 2022 da Fórmula 1 se aproxima, mas, antes da primeira corrida no dia 20 de março no GP do Bahrein, os pilotos terão mais uma sessão de três dias de testes, entre 10 e 12 de março, já no Bahrein.
Com a saída do russo Nikita Mazepin, que deixou a equipe após a saída do patrocínio da Uralkali, gerida pelo pai do piloto, a Haas corre contra o tempo para achar um substituto para a temporada. Com prazo curto, a equipe definiu que, ao menos para a última sessão de testes o piloto será o brasileiro Pietro Fittipaldi.
Contudo, o tom de Gene Haas, proprietário da equipe, em entrevista à Associeted Press, não foi dos mais animadores para os que torcem para a promoção definitiva do brasileiro.
“Pietro definitivamente estará (nos testes no Bahrein). É para isso que ele está conosco, ele é nosso piloto de testes”, afirmou.
Perguntado sobre o perfil que busca, ele respondeu: "Acho que estamos procurando. Acho que obviamente gostaríamos de ter alguém com um pouco mais de experiência".
Por fim, Gene Haas ainda respondeu sobre o número de candidatos à vaga e até quando a equipe pretende anunciar seu novo e definitivo piloto.
"Estamos em processo de observar vários candidatos, veremos quem está disponível e com o que temos que lidar, mas nós teremos alguém na quarta-feira (9)", concluiu.
Como podemos observar, a escolha se dará antes mesmo de Pietro Fittipaldi levar o carro à pista no Bahrein, o que ou reduz suas chances por não ter a oportunidade de mudar a cabeça dos chefões da equipe. Também pode ser um indicativo da confiança da equipe, que já pode tê-lo definido como piloto e está blefando.
Motivos que levam a Haas a não querer Pietro
Os motivos, basicamente são dois: Dinheiro e experiência.
Embora tenha 25 anos e tenha brilhado em outras categoria, Pietro tem apenas duas corridas na Fórmula 1, onde terminou 17° e 19°, num desempenho que, para realidade do carro, não pode ser considerado ruim, mas que também não surpreende.
Além da análise de Pietro em si, a equipe já conta com um jovem piloto, Mick Schumacher, filho do lendário heptacampeão Michael Schumacher, que tem apenas 22 anos e vai para a sua segunda temporada na Fórmula 1.
Ter dois pilotos inexperientes não é o perfil adotado pelas equipes, que normalmente mesclam entre jovens "apostas" e pilotos consolidados. Uma mudança nesse sentido, protagonizada pela última equipe na classificação da temporada passada é improvável.
Quanto ao dinheiro, sem Mazepin, a Haas perdeu também a Uralkali, principal patrocinadora da equipe. Sem eles, a Haas busca por um piloto que possa trazer consigo algum investimento econômico, o que dificulta para Pietro.
Além disso, a Haas foi a última colocada em 2021, o que já, naturalmente, afasta os olhares de patrocínios mais prestigiados. Com dois pilotos inexperientes na equipe, a incerteza dos resultados cresce exponencialmente e, com isso, o risco para os investidores.
Se não é Pietro, quem é?
No momento, dois nomes aparecem com mais força. Antonio Giovinazzi atende aos requisitos de experiência e disputou as últimas três temporadas da Fórmula 1, entre 2019 e 2021, pela Alfa Romeo.
Já a outra opção atende para o investimento. Trata-se da joia Oscar Piastri, australiano de 20 anos e fenômeno da Fórmula 2. Embora seja muito jovem, ele trás consigo grande expectativa, fãs e, consequentemente, patrocinadores.