A Operação Penalidade Máxima II está dominando o noticiário do futebol brasileiro nos últimos dias. Encabeçada pelo Ministério Público de Goiás, a operação investiga supostos esquemas de manipulação de resultados, onde as pessoas tirariam vantagem sobre apostas esportivas.
Na última terça-feira (9), foram 16 pessoas denunciadas pelo MPGO, estando entre esses nomes vários atletas de futebol. Os nomes foram revelados pelo MPGO e e podem ser conferidos no site oficial da entidade.
Além disso, 13 partidas de futebol, sendo 8 delas do Brasileirão, estão sendo investigadas. Ao todo, são 8 jogos do Campeonato Brasileiro da Série A de 2022, 1 da Série B de 2022 e 4 de campeonatos estaduais realizados em 2023. Confira abaixo os jogos:
- Palmeiras X Juventude (10.09.2022)
- Juventude X Fortaleza (17.09.2022)
- Goiás X Juventude (05.11.2022)
- Ceará X Cuiabá (16.10.2022)
- Sport X Operário (PR) (28.10.2022)
- Red Bull Bragantino X América (MG) (05.11.2022)
- Santos X Avaí (05.11.2022)
- Botafogo X Santos (10.11.2022)
- Palmeiras X Cuiabá (06.11.2022)
- Red Bull Bragantino X Portuguesa (SP) (21.1.2023)
- Guarani X Portuguesa (SP) (08.02.2023)
- Bento Gonçalves X Novo Hamburgo (11.02.2023)
- Caxias X São Luiz (RS) (12.02.2023)
Algumas partidas seguem em investigação em outro procedimento criminal, Luverdense x Operário de Várzea Grande (MT) e Goiás x Goiânia entre elas.
Apesar da citação das partidas, não significa necessariamente que os dois times estão envolvidos na investigação. Além disso, a investigação não apontou ainda clubes envolvidos enquanto instituições. Somente pessoas estão sendo investigadas.
Jogadores afastados
A denúncia vem abalando as estruturas de diversos clubes do Brasil. Clubes como Santos e Fluminense, que tiveram atletas citados na operação, tomaram atitudes como o afastamento dos jogadores para que eles pudessem se defender.
Como funcionava a suposta manipulação?
O MPGO aponta 23 fatos suspeitos ocorridos durante as partidas, nas quais jogadores se comprometeram a cometer faltas para receber cartões e a cometer pênaltis. A suposta organização criminosa visava apostar nos resultados e eventos induzidos e, desta forma, obter elevados ganhos.
A denúncia traz, em mais de 100 páginas, diversos materiais sob suspeita, como prints de conversas e transcrições de áudios entre os denunciados. Os dados foram obtidos por meio de autorização judicial.
"Trata-se de atuação especializada visando ao aliciamento e cooptação de atletas profissionais para, mediante contraprestação financeira, assegurar a prática de determinados eventos em partidas oficiais de futebol e, com isso, garantir o êxito em elevadas apostas esportivas feitas pelo grupo criminoso em casas do ramo", descrevem as promotoras e os promotores.
Parte dos jogos e dos elementos da denúncia foram acrescidos durante a fase de análise de provas colhidas e de oitivas (depoimentos) dos denunciados e de testemunhas. Eles são referentes às partidas entre Juventude x Fortaleza e Ceará x Cuiabá.
Texto elaborado com base no material do Ministério Público de Goiás