Sport: "Não temos poder de polícia", diz presidente, que pede reunião com governadora e presidente do STJD
Gestor do Leão detalhou medidas tomadas no dia da partida
O assunto do ataque ao ônibus do Fortaleza, na última quinta-feira (22), segue repercutindo. Nesta segunda-feira (26), o presidente do Sport, Yuri Romão, concedeu uma entrevista ao repórter da Rádio Jornal, Antônio Gabriel, e reforçou mais uma vez que o clube não deveria ser responsabilizado pelo ocorrido, visto que todas as exigências foram cumpridas rigorosamente.
De acordo com o presidente do Leão, todos os requisitos impostos no Regimento Geral da Copa do Nordeste incluindo as feitas pela Polícia Militar foram realizados. Yuri destacou que precisaram colocar grande na área destinada à torcida do Fortaleza, visto que organizadas do clube cearense poderiam iniciar um confronto dentro do próprio estádio, o que não ocorreu devido a precaução como clube mandante, incluindo o policiamento da delegação cearense.
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"Colocamos 340 seguranças privados foi a maior contratação de segurança privado, desde que eu estou a frente da da do do clube. A polícia militar colocou a a e aí eh faz parte da Matriz de risco botou 572 policiais militares pra pra operação de jogo, né? A delegação foi acompanhada, né por oito policiais militares quatro motos e duas e duas e duas viaturas de quatro rodas, né? Ou seja, oito oito policiais militares", contou o mandatário.
Yuri falou sobre a reunião emergencial que aconteceu na última sexta-feira (23), onde esteve presente o presidente do Náutico, Bruno Becker, e do Santa Cruz, Bruno Rodrigues, onde seria debatido os casos de violência em que os clubes estão envolvidos. Além dos gestores do Trio de Ferro da capital, estiveram presentes: o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, o secretário da Casa Civil, Túlio Vilaça, o comandante da Polícia Militar, Ivanildo Torres, e do chefe da Polícia Civil, Renato Leite, do presidente da OAB, Fernando Ribeiro Lins, membros do Tribunal de Justiça e do Ministério Público.
Segundo o dirigente, o Sport contratou 340 seguranças privados e tinha 572 policiais militares para a operação de jogo. Além disso, afirmou que o trajeto da delegação do Fortaleza do hotel para a Arena de Pernambuco foi acompanhada por oito policiais militares, quatro motos e duas viaturas.
"Inibiu qualquer problema dentro do estádio ou na sua de sua circunferência. Há 8 km de distância? Nós não temos poder de polícia. O clube não tem câmeras espalhadas pela cidade toda".
"Tudo que era necessário ser feito foi feito. Tudo foi providenciado. Tanto é que isso foi dito no Juizado do Torcedor na reunião da sexta-feira (23 de fevereiro)", afirmou o presidente.
Ainda durante a entrevista, o presidente solicitou novamente uma reunião com a Governadora de Pernambuco, Raquel Lira, e com o presidente do STJD, José Perdiz, para que o caso seja discutido pessoalmente.
"Seria interessante que a governadora nos receber. Seria seria muito bom que ela entendesse a necessidade de politicamente haver uma mobilização. A imagem do estado de Pernambuco foi tão arranhada. Acho que cabe agora nos receber para tentar minimizar esse desgaste, e o convite foi feito ao presidente do STJD (reunião). Aproxima do problema real para que entendam o lado do clube também", finalizou.
Punição preventiva imposta pelo STJD
Após o ataque ocorrido pelo ônibus do Fortaleza na última quarta (21), o STJD decidiu punir o Sport obrigando o clube pernambucano a jogar partidas das competições organizadas pela CBF de portões fechados. A medida é válida para jogos como mandante e visitante.
O Leão só terá público presente nos jogos da fase final do Campeonato Pernambucano, visto que a punição será válida até o início da Série B, onde será respeitado o limite máximo imposto de 10 partidas como consta no Código Brasileiro de Justiça Desportiva.