FÓRMULA 1: O que é DRS? Veja significado e como funciona a asa móvel nos carros de Fórmula 1
Recurso é utilizado para facilitar ultrapassagens e existe desde 2011 na Fórmula 1
Vai começar a Temporada 2023 da Fórmula 1! Neste final de semana, acontece o GP do Bahrein, o primeiro do ano.
Nesta sexta-feira (3), acontecem os Treinos Livres e é uma excelente oportunidade para novos fãs aprenderem, ou para os antigos relembrarem, alguns detalhes da principal categoria do automobilismo mundial, como o DRS, ou, como ficou conhecido no Brasil, a Asa Móvel.
O QUE É "DRS"? ENTENDA O SIGNIFICADO E COMO FUNCIONA A "ASA MÓVEL" NA FÓRMULA 1
A sigla DRS, em inglês, significa "Drag Reduction System", ou "Sistema de Redução de Arrasto", em tradução livre para o português.
Como o nome já diz, o DRS auxilia na estabilidade e aerodinâmica do carro nas retas, diminuindo a resistência do ar e aumentando consideravelmente a velocidade.
O arrasto é uma espécie de "turbulência" que acontece no carro em função do vento, que tende a ser mais agressivo nas traseiras dos carros, que, devido a sua altíssima velocidade, causam uma "distorção", dificultando a aproximação do carro que vier atrás.
Com a intenção de diminuir essa desvantagem, e possibilitar mais ultrapassagens, a Fia introduziu o recurso em 2011. O mecanismo funciona a partir da aberta da asa traseira em pontos específicos da pista.
QUANTA VELOCIDADE GANHA UM CARRO DE FÓRMULA 1 AO USAR O DRS?
Se conseguir aliar o uso do DRS com o proveito do vácuo deixado pelo carro à frente, o carro de Fórmula 1 pode aumentar entre 10 e 12 km/h a sua velocidade em relação ao seu desempenho sem o recurso.
REGRAS DO USO DO DRS: PODE USAR NOS TREINOS?
Justamente por ser um recurso bastante "apelativo", ele só pode ser usado em pontos específicos das pistas, que normalmente contam com dois ou três pontos de ativação e uso do DRS.
Para ter o direito de usar o recurso, o piloto deve estar a menos de 1 segundo do carro à frente no momento em que cruzar a linha de detecção.
Ao chegar na linha de ativação, o piloto receberá um "bip" no capacete e poderá ativar o botão e abrir a asa traseira, que se fechará ao pisar no freio.
O recurso é simples, mas saber usá-lo é muito mais complexo do que parece. No GP da Arábia Saudita deste ano, 2022, Charles Leclerc, da Ferrari, e Max Verstappen, da Red Bull protagonizaram um lance curioso, onde ficaram freando antes da zona de detecção do DRS para ficar atrás o rival e ter vantagem para ultrapassar na reta.
After you... ????
No, after you... ????
The battle for DRS between @Charles_Leclerc and @Max33Verstappen ????#SaudiArabianGP #F1 pic.twitter.com/8PaKNs8COP
— Formula 1 (@F1) March 28, 2022
Nos treinos o uso é livre, dentro, claros, dos pontos pré-determinados.
OCASIÕES EM QUE O DRS PODE SER DESATIVADO
O DRS precisa ser primeiramente autorizado pelos comissários, o que acontece na abertura da terceira volta da corrida, tempo considerado suficiente para um piloto que esteja superior consiga abrir 1 segundo de vantagem sobre o carro de trás e impedir que ele use o recurso.
A mesma lógica acontece no uso dos Safety Car, só podendo ser usado o recurso na abertura da terceira volta após sua entrada nos boxes.
O Safety Car Virtual não impede a ativação do DRS na volta seguinte.
Em caso de chuva, os comissários podem proibir o uso do DRS por questões de segurança.