30 ANOS SEM SENNA

30 anos sem Senna: Confira por onde anda os acusados pela morte do piloto brasileiro

Justiça italiana inocentou cinco pessoas, porém o culpado nunca pagou a pena

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Nelly Sandra

Publicado em 01/05/2024 às 4:00
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Nesta quarta-feira (01/05), completará 30 anos da morte de Ayrton Senna. O piloto brasileiro perdeu o controle do seu carro e bateu violentamente contra um muro de concreto em uma curva do Circuito de Ímola, pelo GP de San Marino. Mesmo sendo socorrido, o tricampeão mundial não resistiu aos ferimentos, deixando o mundo de luto.

Um dos pontos importantes que teria sido determinante no acidente, foi a ruptura da coluna de direção do carro FW16, que Senna pilotava. Na época, houveram alegações de que o brasileiro não estava contente com o cockpit, sentindo-se desconfortável, fazendo com que os engenheiros da Williams tenham buscado uma maneira de "resolver" este problema, decidindo alterar o ângulo da barra e soldando o tubo de menos espessura entre as duas partes da barra.

A investigação da época apontou que essa modificação tenha gerado uma solda mal feira, contribuindo diretamente para que o acidente fosse fatal. Com isso, seis pessoas foram indiciadas pela justiça italiana no conhecido "Caso Senna", sendo eles: Patrick Head, Frank Williams, Adrian Newey, Roland Bruynsereade, Giorgio Poggi e Federico Bendinelli.

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No julgamento em primeira instância que ocorreu em 1997, ninguém foi preso, tendo o mesmo resultado em 1999, quando aconteceu o segundo julgamento. Porém em 2007, a Suprema Corte da Itália concluiu que o projetista da escuderia, Patrick Head foi o responsável pelo homicídio culposo (sem intenção de matar), mas devido ao tempo do caso, ele não cumpriu a pena.

Veja agora onde por onde anda os acusados pela morte de Senna, 30 anos após o caso:

Patrick Head: Co-fundador da Williams, o inglês foi diretor-técnico da escuderia entre 1977 e 2011, quando decidiu sair. Porém em 2019, retornou a equipe como consultor técnico, onde atualmente com 77 anos, fica na fábrica em Grove, sem viajar mais para as corridas.

Frank Williams: Co-fundador da Williams junto com Head, o inglês ficou no comando da equipe até 2012, quando foi substituído pela sua filha Claire. Em novembro de 2021, faleceu aos 79 anos, sem ser divulgada a causa da morte.

Adrian Newey: Aos 65 anos, o projetista da Red Bull, equipe que trabalha desde 2005, lançou o livro "Como Construir um Carro", em 2017 onde ele fala da morte de Ayrton Senna, afirmando que: "era um dos engenheiros responsáveis em uma equipe que desenhou um carro em que um grande homem foi morto. Independentemente de a coluna de direção ter causado o acidente ou não, não há como escapar do fato de que algo ruim nunca deveria ter entrado no carro".

Roland Bruynsereade: Inspetor de Segurança da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), quando ocorreu o acidente, deixou a F1 em 1995 para assumir como diretor de Competição do Campeonato Internacional de Carros de Turismo (ITC), indo posteriormente para o Campeonato Alemão de Carros de Turismo (DTM), onde ficou até 2007. Atualmente com 84 anos, não há informações sobre o que o belga faz atualmente.

Giorgio Poggi: Diretor do Circuito de Ímola na época, foi procurado pela reportagem do Estadão, porém não teve nenhuma informação divulgada.

Federico Bendinelli: Administrador da empresa Sagis, que controlava o circuito na época do acidente, o italiano permaneceu na organização até 2006, sendo eleito após como presidente do Automobile Club Bologna, organização sem fins lucrativos do automobilismo italiano.

Informações: Estadão**

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