O Ceará tem três mortes por coronavírus até esta quinta-feira, 26. São três idosos: duas mulheres, 72 e 85 anos, e um homem, 72. A informação dos três óbitos foi passada por meio de boletim do Ministério da Saúde, no fim desta tarde. No mesmo momento, o titular da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), Dr. Cabeto, anunciava duas mortes por coronavírus no Estado. No início da noite, no entanto, a assessoria da Sesa corrigiu a informação e confirmou os três óbitos.
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A primeira vítima do Estado foi o homem, que morreu por insuficiência respiratória nesta manhã. Hipertenso e diabético, ele estava internado na UTI do Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ) há cinco dias. As outras pacientes eram mulheres que apresentavam doenças crônicas. Ambas foram atendidas em hospitais particulares. A Sesa informa que ainda aguarda mais detalhes das unidades sobre os óbitos. Os três moravam em Fortaleza.
O número de casos confirmados no Ceará do novo coronavírus chegou a 235, conforme boletim do Ministério da Saúde, divulgado no fim da tarde desta quinta. Cabeto defendeu as medidas adotadas pelo Estado em prevenção ao vírus, afirmando que é importante manter-se firme neste momento, não voltando atrás e fazendo uso de bom senso.
"Aceitamos opiniões para que a gente faça um debate franco e aberto, sem paixões, sem colocar as coisas em ordem de prioridade errada. Não se trata aqui em colocar economia na frente da vida ou vice-versa. Se trata em tomar decisões adequadas para salvaguardar a população do Estado do Ceará".
Segundo o secretário, a proteção e quarentena somente dos grupos considerados de risco não seria suficiente para conter o avanço da doença, já que o vírus poderia ser "levado" até os idosos e pessoas por comorbidades pelas pessoas consideradas saudáveis que tenham contato com a doença durante a circulação nas ruas. "Esse momento inicial, que nós tomamos essa decisão aparentemente dura, ela tem sido eficiente. Nós temos acompanhado de forma científica e em breve vocês vão ter à disposição em nosso site".
O plano de contingência que está sendo posto em prática no Estado vem sendo desenvolvido desde janeiro, logo depois da documentação da crise na China, primeiro epicentro do covid-19. Com o início da transmissão comunitária, as medidas de isolamento precisam ser mais radicais, conforme Cabeto.
O médico esclareceu que o recurso financeiro dirigido ao Estado do Ceará pela União equivale a R$ 2 per capita, somando um total de R$ 18 milhões. "Por decisão do governador e da Secretaria de Saúde, nós optamos em doar esses R$ 18 milhões em Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os municípios do Ceará, entendendo que eles não tinham se preparado a tempo e que era necessário o nosso apoio".
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