A luta contra o novo coronavírus ganhou mais um reforço nesta segunda-feira (6). É que, depois de uma reunião do prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), com o reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o professor Alfredo Macedo Fomes, foi firmada uma parceria para a ampliação dos testes do novo coronavírus. No total, a UFPE terá capacidade de realizar 300 testes do tipo RT-PCR, por dia. Os testes serão adquiridos pela PCR. A decisão faz parte do Plano Municipal de Contingência à covid-19.
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De acordo com o prefeito Geraldo Júlio, a parceria chega para reforçar ainda mais o trabalho conjunto para conter o avanço descontrolado do vírus na capital pernambucana. “Todo o nosso esforço tem sido para salvar vidas. Hoje, anunciamos mais uma conquista que é essa importante parceria com a Universidade Federal. Quanto mais rápido esse vírus se espalhar pelo Brasil, mais difícil vai ser para o sistema de saúde atender a essa enorme demanda que pode ser gerada. Esse trabalho vai possibilitar que tenhamos uma resposta mais rápida e efetiva no tratamento dos doentes”, afirmou.
Como vão funcionar os trabalhos?
Na parceria, a Prefeitura do Recife ficará responsável pela aquisição dos testes e coleta do material, que enviará para o laboratório da UFPE. Já a Universidade usará seus equipamentos e o corpo técnico para analisar o material. A expectativa é realizar 300 testes por dia. A medida vai ampliar a capacidade de testagem e permitir um melhor acompanhamento e o devido isolamento e tratamento dos pacientes mais graves.
O professor Alfredo Macedo Gomes, reitor da UFPE falou sobre o convênio. “Essa parceria é muito importante, porque primeiro vai dar um salto de qualidade na capacidade de teste no Estado de Pernambuco. A Prefeitura do Recife tem coordenado com muita competência esse processo e nós, da Universidade, ficamos muito felizes de fazer parte de uma parceria como esta, tendo em vista um contexto muito difícil para nossa cidade, nosso estado e nosso país”, pontuou Macedo.
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O que é coronavírus?
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
Como prevenir o coronavírus?
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
- Evitar contato próximo com pessoas doentes.
- Ficar em casa quando estiver doente.
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
- Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.
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