CORONAVÍRUS

País tem 127 mil casos à espera de testes, diz o Ministério da Saúde

Contudo, a Saúde informou que existem testes disponíveis para esta e a próxima semana

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Publicado em 09/04/2020 às 22:08 | Atualizado em 09/04/2020 às 22:09
JOSUÉ DAMACENA/IOC/FIOCRUZ
Pernambuco totaliza quase 50 mil casos do novo coronavírus - FOTO: JOSUÉ DAMACENA/IOC/FIOCRUZ

O secretário de vigilância do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, afirmou nesta quinta-feira, 9, que o País tem registros de 127 mil casos que esperam exames para averiguar possível contaminação pelo novo coronavírus. Apesar do volume, segundo ele, há disponibilidade suficiente de testes para esta e para a próxima semana.

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São pacientes com quadro de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Entre eles podem haver contaminados pelo vírus da covid-19 ou por outros vírus respiratórios.

 

"Estamos nesta semana distribuindo 320 mil testes. Temos 127 mil casos registrados no nosso sistema para realizar a investigação laboratorial. Então, para esta semana e para a próxima, temos uma folga importante", afirmou.

Ao todo, até o dia 7 de abril, foram realizados 153.961 testes em pacientes com SRAG para identificar tanto covid-19 quanto influenza e outros vírus respiratórios. Desse total, 62.985 foram específicos para covid-19, com 13,7 mil resultados positivos, segundo dados do Ministério da Saúde.

Expectativa para 100 mil casos de coronavírus

A previsão da pasta é a de que o Brasil alcance 100 mil casos confirmados de covid-19 nas próximas duas semanas. Os dados atualizados até esta quinta mostram 17.857 pessoas infectadas e 941 mortes.

A ordem do ministério é para que sejam submetidos a testes apenas pessoas internadas com SRAG ou que estão nas chamadas unidades sentinelas da rede de saúde.

"É fundamental que esses recursos sejam bem administrados pelas secretarias estaduais. Não é para testar casos de SRAG que não sejam internados ou não sejam por meio da vigilância sentinela. Se acabar o teste, não temos como suprir imediatamente", disse o secretário.

Esse critério de aplicação de testes é a explicação do ministério para os 5,3% de taxa de letalidade do novo vírus no Brasil. Como apenas os casos mais graves são submetidos à investigação mais detalhada, a tendência é que taxa seja superior a de países que ampliam os exames para pacientes com sintomas leves.

"Com esse critério, a tendência é que a letalidade continue nesse patamar de 4% ou 5%. É o comportamento de quase todos os países que têm essa maneira de fazer testagem. Naqueles que testam em massa, também os casos leves, claro que a letalidade têm tendência a cair", afirmou João Gabbardo, secretário-executivo do ministério.

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O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

Confira o passo a passo de como lavar as mãos de forma adequada

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