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País cai 2 posições, para 107º lugar, em ranking mundial de liberdade de imprensa

O País mantém uma tendência de queda, no ano passado já havia caído duas posições.

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Publicado em 21/04/2020 às 10:00
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O presidente Bolsonaro já fez o gesto de banana, já contratou humorista para distribuir bananas (frutas) e já incitou a população contra à imprensa e aos jornalistas. - FOTO: Foto: Reprodução/YouTube

A ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) divulgou o ranking de liberdade de imprensa de 2020. Na edição deste ano, o Brasil perdeu duas posições e agora ocupa o 107ª lugar entre as 180 nações que compõem a lista.

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"O presidente Jair Bolsonaro insulta e ataca sistematicamente alguns dos jornalistas e meios de comunicação mais importantes do país, o que estimula aliados a fazerem o mesmo, alimentando um clima de ódio e desconfiança para com os diferentes atores da informação.", argumenta a ONG, que destaca que a vulnerabilidade de jornalistas é maior entre as mulheres.

O País mantém uma tendência de queda, no ano passado já havia caído duas posições. A metodologia do ranking baseia-se num sistema de pontos que analisa pluralismo, independência, ambiente e autocensura, arcabouço jurídico, transparência e qualidade das infraestruturas de apoio à produção de informações.

"Na América Latina, assim como em outras partes do mundo, os ataques físicos à profissão costumam ser acompanhados de campanhas de assédio cibernético, ou cyberbullying, realizadas por exércitos de trolls e/ou apoiadores dos regimes autoritários Esses métodos de censura online estão proliferando perigosamente e são particularmente violentos contra as mulheres jornalistas.", afirma a RSF.

Bolsonaro x imprensa

No governo de Jair Bolsonaro (Sem partido) a imprensa vem sofrendo ataques por parte do presidente e de seus apoiadores. Já teve banana (gesto e fruta), hostilização e constrangimentos. A Rede Globo, principal alvo do chefe do executivo, durante a pandemia do coronavírus, teve diversos profissionais xingados e ridicularizados durante suas passagens. 

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