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Brasil não é mais visto como democracia liberal pelo mundo, avalia instituto da Suécia

Estudos feitos pelo Instituto V-Dem da Universidade de Gotemburgo mostram que a democracia brasileira só não foi mais estragada que a Hungria, Turquia, Polônia e Sérvia

Alice Albuquerque
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Publicado em 05/05/2020 às 18:04 | Atualizado em 05/05/2020 às 18:41
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De acordo com a Universidade de Cambridge, para o Brasil, "o futuro foi adiado mais uma vez". - FOTO: Foto: Divulgação

Desde o início deste ano, o Brasil deixou de ser classificado como uma "democracia liberal" por um dos maiores bancos de dados sobre democracias no mundo, o Instituto V-Dem da Universidade de Gotemburgo, na Suécia.

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De acordo com a instituição, que coleta informações sobre Países de 1789 a 2019, a democracia brasileira só não foi mais estragada que a Hungria, Turquia, Polônia e Sérvia. O diretor do instituto e um dos autores do informe, Staffan Lindberg, o País ganhou uma nova dimensão. "O Brasil foi um dos Países no mundo que registrou a maior queda nos índices de democracia nos últimos três anos", informou.

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Gabinetes da alta cúpula da ONU se mostram preocupados com relação aos discursos anti-democráticos e a diminuição do espaço civil. O Brasil foi denunciado nas instâncias internacionais, pela primeira vez em décadas, por algumas declarações genocidas vindas do presidente da República.

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Na Universidade de Cambridge, o Centro para o Futuro das Democracias foi definitivo sobre a situação das democracias no mundo e, "para o Brasil, ao que parece, o futuro foi adiado mais uma vez". 

As atitudes do chefe de Estado só potencializam toda essa questão vista pelo mundo, a falta de respeito por profissionais e discursos de ódio é o que baseiam o seu discurso.

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No Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, no último domingo (3), jornalistas foram atacados na manifestação que aconteceu em Brasília, e contou com a breve presença do presidente. Mesmo em meio à pandemia do coronavírus, quem deveria dar o exemplo de ficar em casa e respeitar as recomendações de distanciamento e isolamento social da Organização Mundial de Saúde, não respeitou e foi para o meio do povo.

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Nesta terça-feira (5), dois dias depois do Dia da Liberdade de Imprensa, no Palácio da Alvorada, o próprio Jair Bolsonaro mandou um repórter "calar a boca" e ofendeu a imprensa. Além das agressões morais contra as outras profissões como profissionais de saúde, professores, cientistas, artistas, intelectuais, que são vistos como ameaças ao presidente.

 

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