Enem

Ministro da Educação sugere que Enem seja adiado de 30 a 60 dias

Ministro tem sido contra o adiamento do exame nacional

Gabriela Carvalho
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Gabriela Carvalho
Publicado em 20/05/2020 às 10:30 | Atualizado em 20/05/2020 às 11:06
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Além do inquérito que apura suposto crime de racismo em uma publicação contra a China, Weintraub é alvo do inquérito que apura ‘fake news’ - FOTO: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, sugeriu nas redes sociais que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seja adiado de 30 a 60 dias, após polêmicas sobre a aplicação da prova durante a pandemia do novo coronavírus. Nessa terça-feira, o Senado aprovou projeto para adiamento do exame. A Câmara dos Deputados vota o assunto nesta quarta-feira (20).

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As provas do Enem estão marcadas para os dias 1º e 8 de novembro no modelo tradicional e 22 e 29 de novembro para o formato digital.

O adiamento é justificado pela pandemia do novo coronavírus e se aplica aos demais processos seletivos da educação superior, como os vestibulares. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, já havia feito um apelo ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que é contra o adiamento do Exame.

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Mais cedo, nesta terça (19), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, comunicou via Twitter que os candidatos inscritos no Enem iriam opinar se as datas das provas deste ano deveriam ou não ser mantidas.

Posicionamento do governo

O governo Bolsonaro tem defendido a manutenção da realização do Enem em novembro, desde que a pandemia começou a ganhar força no Brasil e apesar da crise gerada por ela.

Abraham Weintraub chegou a acusar "a esquerda" de agir para que as provas não aconteçam. Durante uma reunião com parlamentares, na semana passada, o ministro da Educação afirmou que o Enem não foi feito para resolver o problema da desigualdade no país, voltando a afirmar que manteria o exame em novembro.

Segundo o portal UOL, a ideia de fazer uma consulta pública aos inscritos no Enem foi debatida com Bolsonaro. Na semana passada, ele afirmou pela primeira vez que a aplicação das provas pode ser atrasada, mas que deve acontecer ainda em 2020.

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