Saúde dos fios

Seu cabelo está caindo além do normal na quarentena? Saiba o que fazer

Ansiedade, estresse e má alimentação durante o período de isolamento social são fatores que potencializam a queda capilar

Larissa Lira
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Larissa Lira
Publicado em 25/05/2020 às 16:13 | Atualizado em 26/05/2020 às 17:01
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O primeiro passo para perceber se há algo de errado na perda de cabelo é identificar se a queda é normal ou ativa. - FOTO: REPRODUÇÃO / FREEPIK

Ter vários fios de cabelo no travesseiro e uma perda excessiva no banho foi o que fez a contadora Marianne Fernandes perceber que algo estava errado. "Sempre tive queda de cabelo, mas só percebia quando penteava e a quantidade era pouca. Após aproximadamente duas semanas de quarentena, notei um aumento exagerado", conta. A excessiva queda capilar durante o isolamento social, devido a pandemia do novo coronavírus, segundo a dermatologista Cynthia Cabral, é normal e acontece principalmente por causa de ansiedade, estresse e má alimentação durante este período. 

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O primeiro passo para perceber se há algo de errado na perda de cabelo é identificar se a queda é normal ou ativa, orienta Cynthia. "O normal é uma pessoa perder de 100 a 150 fios de cabelo por dia, mas essa queda acontece geralmente no banho ou ao penteá-lo.  Já a queda ativa é caracterizada quando há o acúmulo de cabelo ao encostar a cabeça no travesseiro ou no sofá, por exemplo, ou quando os fios caem em tufos", explica.   

A queda acontece geralmente nas mulheres, mas engana-se quem pensa que é um fato exclusivo do gênero. O advogado Miguel Honório, por exemplo, entrou em 'desespero' quando notou a perda excessiva dos fios. "Sempre fui muito vaidoso com o meu cabelo e sempre procurei usar produtos adequados e lavá-lo com frequência. Durante a quarentena relaxei nessa questão e comecei a passar mais tempo para lavá-lo e penteá-lo. Foi ai que percebi uma queda excessiva e isso me assustou muito", relata. 

A quebra da rotina, principalmente de cuidados com o cabelo, é um dos motivos para aumentar a caída dos fios durante o isolamento social. "Como as pessoas estão mais em casa, amarrar o cabelo se tornou mais comum. Assim como o intervalo maior nas lavagens. A ato de prender o cabelo cria uma pressão que faz com que aqueles fios que já iriam cair, caiam mais rápido e demorar mais para lavar os fios faz com que haja um acúmulo de oleosidade e, consequentemente, uma queda maior", pontua a dermatologista. 


Como evitar a queda excessiva?

Para evitar a queda excessiva, a dermatologista Cynthia Cabral dá algumas dicas de cuidados com o cabelo. "É ideal lavar o couro cabelo todos os dias ou, no máximo, um dia sim e outro não para evitar a oleosidade. Não deixar o cabelo preso o tempo todo, não dormir de cabelo molhado, tentar diminuir o estresse e a ansiedade nesse período com exercícios e outras atividades relaxantes, além de melhorar a alimentação são algumas dicas que podem diminuir a queda capilar". Ela também salienta a necessidade de procurar um profissional para encontrar o motivo dessa queda excessiva. 

Cuidados com a alimentação 

O nutricionista Vitor Leandro salienta a importância de uma boa alimentação para saúde dos fios. "A deficiência de alguns nutrientes importantes podem trazer um estado de enfraquecimento dos fios e a queda de cabelo", ressalta. Por isso, é importante manter uma dieta balanceada. 

Existem alguns alimentos que podem auxiliar na prevenção da queda de cabelo, tais como:

- Carnes;

- Frango;

- Leite.

"Esses alimentos são ricos em proteínas, principal construtor dos fios, além de também serem ricos em vitamina B12", explica o nutricionista. Segundo ele, esta vitamina tem uma grande importância na síntese da queratina e a sua deficiência no organismo está ligada a queda excessiva e ao surgimento precoce de fios grisalhos.

Para fortalecer o sistema imunológico, essencial na síntese de colágeno, no qual auxilia a elasticidade e resistência dos fios, é necessário o consumo de acerola, caju, brócolis e laranja, alimentos ricos em vitamina C.

"Outro fator que também está ligado à queda capilar é a deficiência de ferro. Por isso, é importante consumir figado, ovos, frutos do mar, feijão, beterraba e outros alimentos ricos desse mineral. O consumo de vitamina C também é importante nesse caso, já que ela potencializa a absorção do ferro", aconselha Vitor. 

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