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Após Momo e Baleia Azul, polícia alerta pais sobre o Homem Pateta

O caso rememora episódios como o da Boneca Momo e o da Baleia Azul

Carolina Fonsêca
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Carolina Fonsêca
Publicado em 26/06/2020 às 17:24 | Atualizado em 26/06/2020 às 17:24
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O perfil que utiliza o nome Jonatan Galindo envia mensagens e desafios que podem resultar até em suicídio. - FOTO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK

Mais um perfil em redes sociais ameaça a segurança de crianças e adolescentes na internet. A conta que tem chamado a atenção das autoridades brasileiras utiliza o pseudônimo "Jonatan Galindo", se identifica com imagens que lembram o Pateta, personagem da Disney, e envia desafios e mensagens que intimidam as crianças. 

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De acordo com a polícia, esses perfis têm poucas postagens porque, depois que ganham a confiança das crianças, os criminosos enviam mensagens privadas com textos, vídeos e áudios com ameaças e intimidações - o conteúdo propõe desafios que incluem mutilação e até suicídio.

O caso rememora episódios como o da Boneca Momo e o da Baleia Azul, perfis que utilizavam abordagens semelhantes, também focados no público infanto-juvenil. De acordo com a Isto É, autoridades policiais e jurídicas afirmam que esses perfis surgiram em 2017 em países de língua espanhola - bastante populares no México. A migração para o Brasil foi identificada recentemente.

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"Criança bem informada, é uma criança muito mais protegida"

De acordo com o chefe de comunicação da Polícia Federal de Pernambuco (PF-PE), Giovani Santoro, os criminosos abordam as crianças afirmando que vão fazer mal aos parentes delas caso elas não cumpram os desafios propostos. Ele alerta que os pais e responsáveis precisam ter diálogo franco e aberto com os filhos para protegê-los.  

"Infelizmente isso acontece sempre. A gente vê que houve a questão da Baleia Azul, da Boneca Momo, de desafios perigosos como aquele da rasteira. Então os pais têm que estar sempre atentos porque só muda o nome, mas a forma continua sendo a mesma de estar abordando a criança para poder cumprir esses desafios perigosos que podem levar até a criança a morte", afirmou. 

"Os pais têm que tomar muito cuidado e ter algumas precauções. Por exemplo, para ter acesso a uma conta no WhatsApp (é preciso ter) 16 anos, no Facebook, 13 anos, mas a gente sabe que, infelizmente, a maioria das crianças não cumpre esse regulamento. Então, por não cumprir, os pais têm que ter um diálogo franco e aberto com seus filhos e explicar esses perigos que eles podem encontrar na internet. Criança bem informada, é uma criança muito mais protegida. Não permitir que as crianças estejam incluindo pessoas que não conhece na internet, não estar por altas horas de exposição, então, se os pais cumprirem essas dicas básicas e supervisionar principalmente seus filhos, vai minimizar a chance de eles serem vítimas desses bandidos", aconselhou. 

O que fazer se identificar contato de perfis como esse?

A Polícia Federal orienta que, ao identificar contato de algum perfil desse tipo, o pai ou responsável deve reunir o máximo de provas e levar à delegacia mais próxima. "Principalmente se tiver uma delegacia de proteção à criança e ao adolescente para que a gente possa inciar uma investigação com quebra de sigilo para tentar identificar esses bandidos", disse Santoro. 

 

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